Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Mesmo com a crise financeira global, os trabalhadores metalúrgicos de São Paulo estão conseguindo negociar a PLR (Participação nos Lucros ou Resultados) em várias empresas. De janeiro até março, foram cerca de 60 acordos fechados.

Na Schioppa, fabricante de rodízios (rodinhas) na zona leste da capital, os cerca de 200 trabalhadores aprovaram na quarta-feira, 8 de abril, o acordo fixando a PLR de 2009 em R$ 950,00, com pagamento em duas parcelas, em julho/09 e janeiro/10.

Assembleia na Schioppa, em São Paulo

Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Miguel Torres, o benefício é uma conquista importante, diante da situação de crise financeira que afeta o setor metalúrgico. “Mesmo com a crise, a empresa entendeu a necessidade do trabalhador e negociou uma PLR 5,5% maior do que a de 2008”, afirma.

Miguel Torres, presidente do Sindicato
Foto: Jaélcio Santana

Na Metalfrio, fabricante de freezeres, na zona sul, a PLR a ser paga aos 700 trabalhadores pode chegar a R$ 1.540,00, se as metas estabelecidas forem superadas. A primeira parcela, de R$ 1.000, será paga em 30 de junho e, a segunda, em janeiro de 2010.

Na Sprimag Brasil, prestadora de serviços de pintura de peças, na zona sul, com cerca de 130 funcionários, o benefício é de R$ 980, com pagamento em duas parcelas, em julho/09 e fevereiro/10.

Para Miguel Torres, “a luta pelo emprego não nos impede de buscar benefícios para os trabalhadores. Entendemos que as conquistas econômicas ajudam no bem-estar das famílias, são um incentivo à produção e estimulam o consumo”.

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