Otimismo com negócios nos próximos seis meses atinge maior patamar desde 1995
A confiança da indústria brasileira cresceu 0,2% entre dezembro do ano passado e janeiro de 2010, de acordo com o ICI (Índice de Confiança da Indústria) publicado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) nesta sexta-feira (29). O patamar de 113,6 pontos atingido no primeiro mês do ano configura a 12ª alta consecutiva e é o melhor nível desde julho de 2008.
Segundo a FGV, o resultado sinaliza “manutenção do aquecimento do mercado interno, com alguma acomodação da produção em janeiro e otimismo em relação ao ambiente de negócios durante o primeiro semestre do ano”.
Em janeiro de 2010, o ISA (Índice da Situação Atual), que considera a confiança do empresário no atual momento, aumentou 0,6% – ao passar de 111,9 para 112,6 pontos – o maior nível desde agosto de 2008, quando marcou 116 pontos).
Já o IE (Índice de Expectativas), que leva em conta as perspectivas do empresário para o futuro, teve queda de 0,3%, mas se manteve em patamar elevado, segundo avaliação da FGV. Os 114,5 pontos obtidos em janeiro é o segundo maior índice da série histórica, abaixo somente de dezembro passado, quando o IE apresentou 114,9 pontos.
A demanda interna é o principal motivo para o aumento da confiança da indústria. A proporção de empresas que consideram a demanda atual como forte subiu de 19,7% no último mês de 2009 para 21,5% em janeiro de 2010. Já a quantidade das que julgam a demanda fraca recuou de 9,6% para 7,2%.
Próximos seis meses
O empresário da indústria está otimista em relação à evolução dos negócios neste ano. O indicador da expectativa para os próximos seis meses atingiu 162,2 pontos – o maior patamar da série histórica, que começou em 1995.
Ao todo, 1.141 empresas foram consultadas. Dois terços delas esperam melhora da situação dos negócios neste semestre, e apenas 4,4% aguardam piora. No mês passado, o percentual das que esperam melhoras era de 61,8%, e das que aguardam maus momentos era de 2,6%.
Uso da capacidade
De acordo com a FGV, o nível de utilização da capacidade industrial ficou em 83,8% em janeiro – mesmo patamar observado em dezembro. A repetição do indicador interrompe uma série de oito meses de elevação. Apesar disso, o nível de janeiro é o maior desde outubro de 2008, quando o uso das instalações chegou a 85,1%.