Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Gerdau enfrenta segunda greve em dois dias


João Carlos de faria

Após a greve de 24 horas dos funcionários do primeiro turno da fábrica da Gerdau em São José dos Campos (SP), ontem, uma nova paralisação atinge a empresa, agora na unidade de Pindamonhangaba.

Cerca de 1.400 funcionários decidiram parar na manhã de ontem para protestar contra o impasse criado pela empresa em relação ao abono a ser pago por conta da campanha salarial deste ano.

“Eles querem dar com uma mão e tirar com a outra”, disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Sergio Ivan Marchetti, referindo-se ao fato de a empresa oferecer R$ 300 de abono, caso pague os 5,40% de aumento negociados. ´´Do contrário, pagam R$ 1 mil, mas com apenas 5% de aumento´´, afirmou.

Marchetti e os demais sindicalistas reclamaram do policiamento ostensivo na porta da fábrica na entrada do segundo turno, quando haveria outra assembleia. ´´Os policiais estavam ostensivamente armados e até o Águia (helicóptero) foi usado para intimidar os trabalhadores. Assim fica difícil fazer votação´´, disse.

O sindicato também denunciou a ocorrência de cárcere privado: 100 trabalhadores da noite, cuja jornada terminaria às 8 horas, foram obrigados a ficar na fábrica até as 12h40. O sindicato registrou queixa na Polícia.

A Gerdau repetiu a nota divulgada na quarta-feira, segundo a qual estava em plena operação.