Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Paulo Muzzolon
do Agora

Os consumidores poderão trocar geladeiras antigas, com mais de dez anos de uso, por um modelo mais novo, pagando em torno de R$ 500 pelo aparelho. O programa federal, que está em fase de finalização pelo Ministério das Minas e Energia, poderá entrar em vigor em 15 dias.

A informação é do ministro da pasta, Edison Lobão. Segundo ele, o governo estuda duas datas para lançar o programa: em até 15 dias ou após o final da vigência da redução do IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados) da linha branca –geladeira, fogão, máquina de lavar e tanquinho–, em três meses.

O programa visa a substituição de geladeiras que emitem gás CFC (clorofluorcarbono) por outras menos poluentes e mais econômicas. Um modelo específico para o programa deverá ser fabricado. Lobão disse que haverá redução de impostos para as empresas conseguirem produzir com preço baixo. Hoje, o modelo de geladeira mais simples custa entre R$ 600 e R$ 700.

“Estamos estudando para reduzir ao máximo o valor da geladeira, torná-la absolutamente acessível ao bolso da parcela mais pobre do povo brasileiro”, disse Lobão ontem. O governo pretende trocar 1 milhão de geladeiras neste ano, 2 milhões no ano que vem e assim por diante, até atingir a meta de 10 milhões de aparelhos trocados.

Se a indústria conseguir produzir de acordo com a demanda, o número de geladeiras oferecidas no primeiro ano poderá até mesmo aumentar.

Não foram definidas todas as regras do programa, mas só poderão ser trocadas por outras novas as geladeiras que estão funcionando e são ineficientes. Ainda não há critério para medir essa ineficiência.

Ainda de acordo com Lobão, será montada uma logística especial para o programa. Os revendedores recolherão as geladeiras antigas. Uma empresa especializada irá vender o gás poluente a uma usina, enquanto a geladeira será vendida a empresas que trabalham no ramo do aço.

O governo federal deverá gastar em torno de R$ 100 milhões por ano com essa logística.