Escrito por Assessoria de Imprensa da Força Sindical
Negociar medidas com os empregadores e com os governos federal, estaduais e municipais para manter os empregos. Este é o ponto que os dirigentes sindicais associados à CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos), da Força Sindical, da (CNM) Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT e da CTB deixaram claro na abertura do Seminário: “Perspectivas do Setor Automotivo Frente a Crise Financeira”, que está sendo realizado no 13º andar, do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e que tem a participação do empresário Nildo Mazzini, diretor da Fiesp e Valdemar Cardoso de Andrade, do Sicetel.
João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral da Força Sindical, recomendou aos trabalhadores que fiquem atentos às notícias que são publicadas sobre o impacto da crise econômica no Brasil e observar se elas condizem com a realidade. Nós trabalhadores devemos enxergar onde está a crise para não sermos massa de manobra. “Fala-se tanto em demissões, mas não podemos esquecer que a rotatividade no Brasil é de 40% ao ano”, disse.
“Muitas bandeiras que defendemos e que foram concretizadas foram criticadas e agora são consideradas boas, como o mercado interno aquecido, salário-mínimo e empréstimo consignado. Unidos, devemos negociar soluções com os empresários e o governo”, disse.
Clementino Tomaz Vieira, vice-presidente da CNTM da Força Sindical, afirmou que os trabalhadores vão atuar em duas vertentes: a manutenção do emprego e a recomposição da renda. Para isso, serão definidas ações unitárias das centrais que têm montadoras e autopeças em suas bases. “Vamos cobrar do governo contrapartida de manutenção do emprego quando forem liberados financiamentos públicos para as empresas e articular ações com os conselheiros que são representantes das centrais sindicais no BNDES e Codefat”, destacou.
Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, mostrou o comportamento das montadoras que cresceram 290% e, em apenas um mês de crise, resolveram cortar pessoal.
Tadeu Morais de Sousa, presidente do Dieese, disse que os trabalhadores precisam prestar atenção à campanha que está em curso para intimidar a população e, assim, reduzir o consumo. “Boa parte do dinheiro, que financia as vendas de carros das montadoras, é do BNDES. Queremos contrapartida de manutenção do emprego, declarou.
Paschoal Carneiro, secretário-geral da CTB, destacou a importância da unidade das centrais para enfrentar o capital e lembrou que as montadoras sempre defenderam a liberação da economia, mas agora recorrem ao governo.
Carlos Alberto Grana, presidente da CNM/CUT, considerou que a crise também é uma oportunidade. “No governo Collor, montamos a câmara setorial e a produção de carros que era de 1 milhão passou para 3 milhões. Vamos defender o emprego”, ressaltou.
O empresário Nildo Mazzini alertou que a sociedade precisa lutar muito contra os palpites de pessoas que nem sabem o que está acontecendo, mas mesmo assim, fazem previsões sobre o que ocorrerá no Brasil, que segundo eles, será muito pior. “Temos que lutar contra estes palpites e, não fazer, em termos de Brasil, que a crise seja maior do que ela vai ser. Entendo que esta é uma situação transitória”, destacou.