Como forma de manifesto pela proposta apresentada pela diretoria da unidade da General Motors (GM) de Gravataí, durante audiência realizada na quinta-feira (04/02), o Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí (SINMGRA) realizou um ato de paralisação em frente à montadora na manhã de sexta-feira (05/02).
A reunião realizada no Tribunal Regional do Trabalho da 4ª região, tinha como objetivo fechar o acordo para o pagamento da segunda parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de 2015 para os trabalhadores da empresa. As negociações vêm ocorrendo desde o mês de janeiro.
– Não chegamos a um consenso pois a GM fez uma proposta muito baixa. Nós estamos pedindo R$ 3.657,00 (valor referente ao que faltaria para os 80%) o tribunal fez uma proposta para tentar mediar o valor em R$ 2.700,00 e a montadora ofereceu R$ 1.400,00. Isto é para tentar humilhar o trabalhador – desabafa Valcir Ascari.
O dirigente informou ainda que o estado de greve, anunciado no fim do mês de janeiro, irá se manter. Enquanto os sindicalistas pensam em estratégias, os trabalhadores serão liberados a partir do dia 11 de fevereiro, retornando apenas no último dia do mês.
A liberação, de acordo com Ascari, é uma decisão da empresa para organizar a linha de produção e não tem relação com crise econômica.
Ele afirma ainda que está empenhado em encontrar a melhor solução, pois a empresa tem que respeitar os funcionários. O presidente do Sindicato acredita que se a montadora não respeitar os trabalhadores, os mesmos perderão o respeito pela empresa.
Sobre o Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí
O Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí representa aproximadamente 14 mil funcionários dos setores metalmecânico, eletroeletrônico, autopeças e montadoras de automóvel. Abrange centenas de empresas do município de Gravataí, na região metropolitana de Porto Alegre, entre elas a montadora General Motors e Sistemistas.
Fotos: Odete Souza
PlayPress Assessoria de Imprensa
Redação: Francine Malessa
Coordenação: Marcelo Matusiak