Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Toyota busca reduzir fila de espera para picape de luxo para não perder espaço


RIBEIRÃO PRETO – A crise passou longe das garagens da Toyota nos primeiros meses do ano. As vendas da marca Hilux registram um aumento de 36% no período de janeiro a março, consolidando 5.902 carros comercializados no primeiro trimestre de 2009. Vale ressaltar que em janeiro as atividades nas fábricas foram paralisadas para manutenção. Compradores dos modelos de luxo, com valores acima de R$ 100 mil, chegam a ficar mais de dois meses na fila de espera desses exemplares. Vladimir Centurião, gerente de Vendas Diretas da Toyota, atribui o desempenho à diminuição no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

“A redução de 7% no IPI foi expressiva para o mercado de picapes. Apesar de mais seletivo, também observamos um retorno do crédito nesse período”, disse. Segundo Centurião, a forte demanda tem beneficiado a concorrência já que a espera tem levado alguns compradores a buscar modelos semelhantes em outras empresas. Com isso, a Toyota está ampliando a produção para reduzir o tempo de espera para 30 dias. As principais concorrentes da companhia no segmento de picapes de luxo são a Nissan e a Mitsubishi. Para 2009, a empresa prevê um novo recorde de vendas da Hilux. A expectativa é a de atingir 25 mil unidades, superando em 15% o volume comercializado no ano passado.

 

O mercado de picapes como um todo deve crescer 2009, incluindo os modelos mais básicos. A previsão é de Julio Vitti, gerente de Produto da Toyota. As vendas de exemplares mais simples, como a 4×2 flex, poderão ter um crescimento de até 28%. O número total de unidades vendidas esse ano está estimado em 96 mil unidades, o que se for confirmado representaria o dobro do volume comercializado há cinco anos. “O mercado novamente vai ser recorde em 2009, isso por conta dos novos modelos e da demanda. Todos os competidores estão se mexendo para se tornarem atrativos para seus clientes”, afirmou Vitt.

 

A expansão da fronteira agrícola tem feito a empresa mudar seu posicionamento estratégico. Além de ampliar o atendimento em novas regiões, o aumento do plantio de cana-de-açúcar deverá dar novo fôlego às vendas dos modelos flex a movidos a álcool. O Centro-Oeste hoje ocupa as quatro primeiras posições em vendas da Hilux, com destaque para Goiás. De acordo com Centurião, agricultores de regiões mais afastadas e que começam a ter um aumento de renda estão se tornando cada vez mais um público-alvo. “Estamos apostando nas picapes de trabalho para atender o produtor rural. Em 2009 estamos focando bastante no agricultor”, disse.

 

A crise passa longe dos modelos mais caros da Toyota no Brasil, uma vez que as vendas da Hilux tiveram alta de 36% no período de janeiro a março de 2009.

 

Compradores dos modelos de luxo, de valor acima de R$ 100 mil, chegam a ficar mais de dois meses na fila de espera. Vladimir Centurião, gerente de Vendas Diretas da Toyota, atribui o desempenho à diminuição do IPI. “A redução de 7% do IPI foi expressiva para o mercado de picapes”, disse. Segundo ele, a forte demanda tem beneficiado a concorrência. Por isso, a Toyota está ampliando a produção, com o objetivo de reduzir o tempo de espera a 30 dias.

 

Nos Estados Unidos, o United Auto Workers (UAW), sindicato dos trabalhadores do setor automotivo, deverá ficar com uma fatia majoritária da Chrysler – 55% das ações – depois da reestruturação da companhia. O UAW espera que os funcionários da empresa aprovem o acordo ainda hoje. O documento diz que a Fiat ficaria com 35% da montadora, enquanto o governo dos EUA e os credores teriam, juntos, os 10% restantes. Além disso, a Chrysler e o UAW definiram novos limites de pagamento de horas extras.

 

O investimento da Fiat poderia chegar a US$ 8 bilhões, o que criaria quatro mil empregos sindicalizados nos EUA. A italiana concordou em produzir pelo menos um carro pequeno em uma fábrica da Chrysler nos EUA e permitiu que a norte-americana use nesses veículos um motor a diesel 3.0 e um outro a gasolina 1.4.

 

Priscila Machado