DA REDAÇÃO
A desistência da General Motors de vender o controle da Opel gerou críticas de governos e sindicatos na Europa. O governo alemão, que orquestrou a venda da Opel, disse que a decisão da montadora americana é “completamente inaceitável”.
O fim da venda de 55% da Opel (e da britânica Vauxhall) para a canadense Magna e a russa Sberbank é um duro golpe especialmente para os sindicatos e o governo alemães, que apoiaram o negócio -a chanceler Angela Merkel chegou a anunciar, em setembro, que a GM tinha aprovado o acordo.
O líder sindical Klaus Franz foi um dos que reagiram mais fortemente. Ele disse que os sindicatos não vão aceitar a “chantagem” da GM para financiar seu plano de reestruturação e que atos contra a empresa “vão começar na Alemanha e vão se espalhar pela Europa”.
O apoio dos governos europeus, especialmente do alemão, é essencial para a GM porque ela deve pedir ajuda estatal para financiar os 3 bilhões que diz serem necessários para reestruturas as operações na região.
Porém, o governo Merkel, que deveria responder pela maior parte do financiamento (o país concentra a maioria dos trabalhadores da Opel), já sinalizou que os 4,5 bilhões oferecidos para a Magna podem não estar disponíveis para a americana.
A GM disse anteontem que a decisão de manter a Opel foi motivada pela melhora do “ambiente de negócios” nos últimos meses.
Com agências internacionais e “Financial Times”