Cerca de 800 trabalhadores metalúrgicos de Mogi das Cruzes e região participaram da assembleia regional de mobilização da Campanha Salarial realizada na manhã desta terça-feira, na subsede de Mogi. Foi a sexta assembleia regional realizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, com objetivo de preparar a categoria para o enfrentamento nas negociações pelo aumento salarial e manutenção das cláusulas sociais da convenção coletiva, bem como resistir aos ataques aos direitos trabalhistas e previdenciários. A ação foi organizada pelos diretores Silvio, Ester e Paulão.
“Não podemos ficar com a faca no pescoço: ou o emprego ou os direitos. Estamos vivendo uma crise sem perspectiva de melhoria e neste contexto vem o ataque aos nossos direitos, com os empresários querendo cada vez mais tirar direitos, para ter uma mão de obra sem custos. Esse processo começou no governo anterior, com restrição ao seguro-desemprego, abono do PIS, pensão e está sendo incrementado com novas medidas, para impor idade mínima pra aposentadoria, igualar tempo de contribuição de homens e mulheres, mexer no 13º, no fundo de garantia, na licença-maternidade e outros direitos. É neste contexto que vamos fazer nossa campanha salarial, que estamos antecipando, para discutir,primeiro, as cláusulas sociais e deixar a questão econômica para o final, porque a pressão em cima do salário é muito forte”, afirmou o presidente do Sindicato e da CNTM, Miguel Torres.
O presidente anunciou que a CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos) está convocando todas as entidades de metalúrgicos do país para uma mobilização nacional pelos direitos. “A ideia é unificar a luta e avançar na resistência. Queremos negociar e temos propostas para o crescimento da economia. Mas não dá para negociar perda de direitos e retrocessos. Não dá pra sair da crise dando parte do que conquistamos. Queremos negociar medidas que melhorem a economia e gerem emprego”, afirmou.
Para o secretário-geral, Arakém, esta será uma grande luta que vai exigir mobilização e unidade. “Só assim vamos garantir nosso aumento salarial, nossos direitos e empregos”, afirmou.
A diretora Ester reforçou: “Sindicato forte é trabalhador unido. Se não for assim não tem conquista.” O diretor Paulão falou da importância da participação nas assembleias para o fortalecimento da luta e o diretor Silvio disse que as pessoas não podem deixar de se indignar com o aumento dos preços, dos juros, do desemprego. “Adianta lutar porque se lutarmos não vamos permitir que tirem nossos direitos.”