O Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá comemora 78 anos de fundação nesta sexta-feira, dia 23. Para marcar a data, realizará um ato em sua sede em Santo André, a partir das 18h, e dará posse à nova diretoria para o mandato no período de 2011-2015.
Mais antiga entidade sindical do Grande ABC, o Sindicato sempre esteve na vanguarda de grandes movimentos não só em prol dos trabalhadores como estratégicos para o país. Um exemplo é a campanha “O petróleo é nosso”, nos anos 40, o qual resultou em 1953 na criação da Petrobras, hoje a segunda maior empresa petrolífera de capital aberto do mundo.
E é essa mobilização visionária do passado que assegura ao Brasil de hoje total controle sobre o Pré-sal, uma reserva que colocará o Brasil entre os maiores produtores mundiais de petróleo, destaca Cícero Martinha, reeleito presidente do Sindicato para mais um mandato.
40 horas semanais. A redução da jornada para 40 horas semanais, sem redução de salário, atualmente uma das principais bandeiras do movimento sindical em nível nacional, também tem o DNA do Sindicato: em 1983, quando a jornada semanal constitucional ainda era de 48 horas, o Sindicato realizou o primeiro ato no Brasil pelas 40 horas.
Foi graças a mobilizações como essa que os trabalhadores conquistaram a jornada de 44 horas na Constituição de 1988. Desde então já se passaram 23 anos. Segundo uma pesquisa realizada pelo Sindicato, a jornada de 40 horas é uma das prioridades para a categoria. As outras reivindicações são plano de cargos e salários, fortalecimento das campanhas da PLR e formação profissional e política dos trabalhadores.
Campanha salarial. E são esses pontos que darão direção ao planejamento da nova diretoria para os próximos quatro anos. Agora, estamos em campanha salarial unificada da Força Sindical, envolvendo aproximadamente 800.000 trabalhadores em todo o Estado de São Paulo, com data-base em 1º de novembro. Com 152 itens, a pauta de reivindicações será entregue aos sindicatos patronais entre os dias 3 e 7 de outubro.
Os principais itens da pauta são:
– Reposição salarial;
– Aumento real;
– Jornada de 40 horas;
– Valorização do piso salarial;
– Fim do teto de aplicação de reajuste;
– Fim das terceirizações.
Por Jéssica Marques
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