Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Sindicato de Piracicaba faz Assembleia e reivindicações na fábrica da Hyundai

O Sindicato dos Metalúrgicos de Piracicaba realizou nesta segunda-feira, 6 de agosto, uma grande Assembleia na fábrica da Hyundai. A manifestação nasceu do desejo da entidade em tentar solucionar problemas enfrentados pelos trabalhadores, além de definir as regras do jogo para a empresa que iniciará suas atividades nos próximos meses.

Quando fala em “definir as regras do jogo”, a Diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos reivindica o óbvio. Que a montadora coreana siga os mesmos moldes das demais montadoras do Estado de São Paulo no que diz respeito, por exemplo, a piso salarial e PLR (Participação nos Lucros e Resultados). E isso não vem acontecendo apesar do Sindicato reivindicar há cerca de um ano.

O piso salarial das montadoras gira em torno de R$ 1.600,00 enquanto que o praticado pela Hyundai é cerca de R$ 1.100,00, o que tem desagradado a entidade. A PLR deste ano foi fechada em R$ 2.700,00 para cada trabalhador, já que ainda não há produção de automóveis. “Mesmo assim, já reivindicamos que em 2013 a Hyundai atinja o patamar das demais montadoras”, disse o presidente em exercício José Bahia.

A questão do assédio moral, reclamação constante dos trabalhadores, foi abordada na Assembleia e o Sindicato disse que não aceita mais esse tipo de procedimento da empresa. Aliás, isso já é tema de uma ação no Ministério Público do Trabalho de Campinas.

Relatos dão conta que chefes humilham trabalhadores, xingam, gritam etc. “Isso não vamos aceitar. É impossível ainda existir esse tipo de tratamento em pleno século 21”, disse Bahia.

O Sindicato também defendeu o aumento da frota de ônibus que faz o transporte dos trabalhadores. “Tem companheiro ficando cerca de duas horas dentro do ônibus porque eles não querem aumentar a frota”, afirmou Hugo Liva, tesoureiro-geral do Sindicato dos Metalúrgicos.

Para o secretário-geral, Wagner da Silveira, o Jucão, outra prática inaceitável é a diferenciação do tipo de convênio médico conforme a função do trabalhador. “Os trabalhadores da produção encontram dificuldades na utilização do convênio médico”, disse.

A Diretoria da entidade sindical disse que vai continuar lutando pela jornada de 40 horas semanais na Hyundai, até porque já existem acordos semelhantes em outras montadoras. Outra luta é pela implantação de um plano de carreira, o que foi prometido durante a negociação para a implantação da montadora em Piracicaba, mas até agora não foi elaborado.

 “A Hyundai é muito importante para Piracicaba e para os trabalhadores. Representa geração de emprego. Mas será muito mais importante se começar direito, respeitando os trabalhadores, nossa legislação e cultura. Sua contribuição será ainda maior”, disse Juca.

Por LUIZ ANTONIO DANGIO FERNANDES
Assessor de Imprensa
Sindicato dos Metalúrgicos de Piracicaba
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