Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul, o Cidão, a entidade não medirá esforços para evitar que trabalhadores percam o emprego. “O momento é grave, mas nós vamos resistir até o fim”, completou.
Para atrair trabalhadores ao programa de demissão voluntária (PDV) aberto na segunda-feira, 2 de fevereiro, e com término previsto para o dia 10, a General Motors (GM) inovou no pacote de benefícios. Além de salários extras, a empresa oferece um automóvel Prisma, que custa cerca de R$ 45 mil, para quem aderir ao pacote e deixar a companhia.
Essa oferta é direcionada aos trabalhadores que têm restrições médicas. O PDV para esses funcionários inclui também até 24 salários extras dependendo do tempo de casa (além dos direitos da rescisão de contrato) e dois anos de plano de assistência médica.
A direção da GM não quis comentar sobre os benefícios do plano de saídas incentivadas. Para trabalhadores prestes a se aposentar, a GM banca o período que falta para a aposentadoria, no limite de até 12 meses. Já para os demais trabalhadores, o pacote prevê cinco salários a mais aos que aderirem.
“Isso é uma prerrogativa da empresa. Não cabe ao Sindicato interferir nisso. Nosso objetivo tem que ser lutar pelos postos de trabalho, a manutenção e geração de emprego”, disse Cidão.
O PDV da GM irá afetar as fábricas de São José dos Campos e São Caetano do Sul e, segundo a montadora, a medida tem como objetivo “adequar a produção à atual demanda do mercado”.
A empresa não divulgou, contudo, detalhes do número de funcionários que o programa pretende atingir entre os dias 2 e 10 de fevereiro. No dia 15 de janeiro, a GM informou que mais 100 funcionários da fábrica de São Caetano do Sul entrariam em layoff (suspensão temporária dos contratos de trabalho) por três meses, a partir do dia 19 de janeiro.
Com isso, a unidade passou a ter quase mil trabalhadores afastados, uma vez que os contratos de 850 funcionários já estavam suspensos desde novembro.
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