Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Servidor federal promete greve em maio

JT

Os funcionários públicos federais discutem a possibilidade de realizar uma ampla paralisação, em maio, caso as negociações salariais que começam agora não cheguem a um bom termo. Depois de passar 2011 concedendo aumentos apenas a algumas categorias localizadas, o governo poderá enfrentar uma pressão maior este ano.
“Nós fomos ludibriados no ano passado”, disse o presidente do Sindicato Nacional dos Auditores da Receita Federal do Brasil (Sindifisco), Pedro De La Rue. Ele afirma que o governo, o tempo todo, deu indicações que concederia algum aumento.

A decisão de não corrigir os salários só ficou clara no fim de agosto, quando foi fechada a proposta do Orçamento de 2012, contemplando elevações da folha apenas das categorias que ainda não haviam sido atendidas na chamada “recomposição salarial” iniciada no governo Lula.

“A pressão será bem maior agora”, avaliou De La Rue. Ele disse que esse é o entendimento de outras carreiras do funcionalismo, como os analistas do Tesouro Nacional e da Controladoria Geral da União e auditores do trabalho.

O presidente da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Josemilton Costa, afirma que 29 entidades representativas dos funcionários públicos estão em campanha salarial conjunta. “Se vai ter greve geral, depende do governo”, disse. “Vamos esperar uma resposta à nossa pauta até 30 de março para discussão em abril. Se não formos atendidos, vamos mobilizar para greve no início de maio.”

A posição dos sindicalistas, porém, não é homogênea. Os delegados da Polícia Federal, por exemplo, não pretendem fazer greve. A categoria já conta com a promessa do Ministério do Planejamento de um reajuste em duas parcelas, em 2013 e 2014. Porém, algumas categorias querem reajuste ainda em 2012. “Para o governo é só em 2013, mas para nós, não”, disse De La Rue. ::Lu Aiko Otta