Foto de Jaélcio Santana
Miguel Torres, Clementino Vieira e Jyrki Raina
Jyrki Raina, Secretário-Geral da FITIM (Federação Internacional dos Trabalhadores das Indústrias Metalúrgicas), visitou nesta segunda-feira, 19 de outubro, as sedes da Força Sindical, do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e do Centro de Solidariedade ao Trabalhador da CNTM, no Palácio do Trabalhador, a empresa metalúrgica Sandvik e a Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo.
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Deputado Paulinho, presidente da Força Sindical, Elza Pereira, Juruna, Geraldino, Edison Venâncio, Arakém, Clementino Vieira, Cláudio Magrão e Miguel Torres reúnem-se com o secretário-geral da FITIM, Jyrki Raina, no Palácio do Trabalhador, em São Paulo.
O líder foi recebido pelos presidentes da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, da CNTM, Clementino Vieira, do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Miguel Torres, e da Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo, Cláudio Magrão.
O encontro também contou com as presenças do Secretário-Geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, da diretora de finanças do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Elza Pereira, do secretário de relações internacionais da CNTM, Edison Venâncio, do secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Jorge Carlos de Morais Arakém, do secretário de finanças da CNTM, Geraldino dos Santos, e do diretor Edson Passos.
Por um forte movimento internacional de trabalhadores
Jyrki Raina falou sobre a luta da FITIM para melhorar os salários e as condições de trabalho e de vida dos trabalhadores metalúrgicos, e defender seus direitos em todo o mundo. Vale destacar que a FITIM, sediada em Genebra (Suíça), representa os interesses coletivos de 25 milhões de metalúrgicos, filiados a mais de 200 sindicatos de 100 países.
“Para alcançarmos estes objetivos, contamos com as nossas entidades filiadas no desenvolvimento de um vigoroso movimento internacional de trabalhadores pelo emprego, contra o trabalho precário e por justiça e liberdade para todos os sindicalistas e trabalhadores no mundo todo”, afirmou Raina.
Paulinho, presidente da Força Sindical, falou sobre a imprescindível participação do movimento sindical brasileiro no enfrentamento e superação da crise econômica no Brasil e explicou a atual luta das centrais sindicais pela redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução salarial, como medida fundamental para a geração de emprego, mais qualidade de vida para a classe trabalhadora, distribuição de renda e desenvolvimento econômico.
“Queremos o apoio da FITIM para que o Brasil possa avançar nesta questão. 35% das empresas brasileiras já adotam as 40 horas, mas precisamos de apoio internacional para que a jornada menor torne-se lei”, destacou Paulinho.
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Paulinho, presidente da Força Sindical, explica ações sindicais no Brasil
Clementino Vieira considerou o encontro muito positivo, por ser a primeira vez que Raina visita nossas entidades sindicais, e disse que reivindicou a inclusão da língua portuguesa nas traduções dos eventos internacionais da FITIM e nos próprios veículos de comunicação da entidade como, por exemplo, o site www.imfmetal.org.
“Os metalúrgicos brasileiros representam cerca de 10% dos trabalhadores filiados à FITIM em todo mundo. No entanto, a Língua Portuguesa não é uma das línguas oficiais da entidade. Esta é uma das reivindicações dos metalúrgicos brasileiros, pois representa uma maneira de interarmos-nos mais das discussões mundiais da categoria, e também representa simbolicamente a nossa maior inserção na entidade”, declara Clementino Vieira.
“Vale destacar que a aproximação com a FITIM é maior agora graças à forte atuação da diretoria da CNTM, tanto neste mandato quanto no mandato liderado pelo companheiro Eleno Bezerra”, diz Clementino Vieira.
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Jyrki Raina, secretário-geral da FITIM, fala sobre os objetivos da entidade
Miguel Torres falou sobre a atual campanha salarial da categoria metalúrgica em São Paulo, por aumento real, jornada de 40 horas semanais e renovação das cláusulas sociais, destacou o trabalho social do Centro de Atendimento Biopsicossocial Meu Guri (presidido por Elza Pereira) e apresentou algumas publicações produzidas pelo Sindicato que fazem a comunicação com os trabalhadores e ajudam na organização sindical.
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Jyrki Raina, Miguel Torres, presidente do Sindicato, e Cláudio Magrão
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Elza Pereira, diretora de finanças do Sindicato, cumprimenta líder da FITIM
Juruna reafirmou ao secretário-geral da FITIM que a atuação do sindicalismo brasileiro foi crucial na manutenção dos empregos no Brasil e, consequentemente, na superação da crise. “Hoje, o número de empregos já superou o número que tínhamos antes do início da crise global no País. E, mesmo em tempos de crise, as centrais sindicais firmaram acordos com aumento real para cerca de 98% de todas as categorias profissionais”.
Raina impressionou-se com os dados, que consolidam o bom trabalho desenvolvido pelas entidades sindicais brasileiras. “Gostaria que nos EUA, na Europa e na Ásia também tivéssemos tantos avanços como o sindicalismo brasileiro vem obtendo”, declarou.
Juruna informou também que o movimento sindical brasileiro conta com o Dieese, uma importante entidade de apoio às campanhas salariais e de estudos sócios-econômicos que embasam os sindicatos nas demais ações por avanços econômicos e sociais para a classe trabalhadora.
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Geraldino, Clementino, Raina, Edison e Arakém no Centro de Solidariedade
Raina falou sobre a perda de empregos durante a crise global, que persiste ainda em outros países, e disse que o que o acontece no Brasil serve de parâmetro para o movimento sindical internacional e para a FITIM. “Para a FITIM, a manutenção e geração de emprego é o principal caminho para por um fim definitivo à crise global. Defendemos uma economia construída com justiça social, sustentabilidade ambiental e respeito as direitos dos trabalhadores reconhecidos internacionalmente”.
Segundo Raina, a questão ambiental, tema que vem crescendo no mundo do trabalho, terá um peso maior na FITIM. “Muitos países estão ampliando a proteção ambiental quanto aos danos gerados pela produção, mas ainda é preciso mais ações efetivas”, afirma o Secretário-Geral.
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Arakém, Edson, Edison, Raina e representante da Sandvik
Para Edison Venâncio, secretário-geral da Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo e de Relações Internacionais da CNTM, “estamos estreitando nossos laços com a Fitim para que o Brasil amplie sua participação. A visita, sem dúvida, também é muito importante para que se conheça de perto as ações desenvolvidas pelo movimento sindical brasileiro”, destaca.
Federação dos Metalúrgicos de SP
Edison, Raina e Magrão, na Federação dos Metalúrgicos do Estado de SP
Por Val Gomes e Ricardo Flaitt
www.metalurgicos.org.br
www.cntm.org.br
www.euquero40horas.org.br
www.fedmetalsp.org.br