EDITORIAL
O Ministério da Saúde acaba de divulgar um perfil da mortalidade do brasileiro. A pesquisa mostra que o país evoluiu, mas está diante de novos desafios causados pela vida moderna.
Segundo o estudo, moléstias infecciosas e parasitárias -tais como as diarréias, tuberculose e malária- deixaram de ser a causa principal de mortalidade no país. A urbanização e o desenvolvimento provocaram uma expansão das mortes por doenças crônicas e por causas externas -que são as ligadas à violência.
As enfermidades do aparelho circulatório -associadas à má alimentação, consumo excessivo de álcool, tabagismo e falta de atividade física- aparecem em primeiro lugar (32,2%). Câncer vem em seguida (16,7%). Homicídios e acidentes de trânsito (14,5%) aparecem em terceiro lugar. Logo após, vêm as doenças do aparelho respiratório (11,1 %).
Para as mulheres, a boa notícia é que diminuiu a incidência de câncer de colo de útero, com mais exames preventivos. Por outro lado, o câncer de mama avançou. As mulheres ainda não têm o hábito de fazer o exame de mamografia.
Os homens, mais que as mulheres, são vítimas das causas externas -homicídio e violência no trânsito. O peso do homicídio diminuiu no Sudeste, principalmente em São Paulo e no Rio.
O estudo mostra que o serviço de saúde é importante, mas a população também precisa adotar hábitos mais saudáveis, com atividade física e melhor dieta.