Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Debater e procurar soluções priorizando a saúde do trabalhador. Este foi o objetivo da oficina de trabalho “Agenda Sindical com a Previdência Social”, realizado pela Força Sindical do Paraná e outras centrais nesta quinta-feira (29) em Curitiba, no prédio da Fundacentro, entidade que apoiou a iniciativa.

Além das lideranças sindicais da CUT, CTB, CGTB, Nova Central e UGT, participaram também representantes da Previdência Social e do INSS.

Na ocasião, os participantes discutiram os seguintes assuntos: demora no atendimento de perícia médica, no recebimento do primeiro pagamento do benefício e no processo de reabilitação física e profissional.

Além destes temas, também foi colocado em discussão; Nexo Técnico Epidemiológico, Fator Acidentário de Prevenção e o caso de trabalhadores doentes afastados sem recebimento de salário.

Este último, aliás, foi um dos pontos mais debatidos na reunião. De acordo com a Previdência Social, o afastado pelo INSS no Paraná leva cerca de 80 dias para fazer a 1ª perícia, enquanto que em outras regiões o atendimento é feito em 15 dias no máximo.

A lentidão no processo acaba impactando na vida financeira do traballhador, já que neste período ele fica sem receber o auxilio doença. “Você já pensou alguém ficar mais de dois meses sem receber, sendo que tem contas para pagar, filhos para criar. Não interessa de quem é a culpa. Nós só queremos que o trabalhador não pague a culpa”, alertou o médico do trabalho, Dr. Zuher Handar.

Para dar mais embasamento à oficina, foram realizadas duas palestras com profissionais da área de saúde laboral. O médico ortopedista da Previdência Social, Alexandre Coimbra, falou sobre Benefícios Previdenciários referentes à Saúde do Trabalhador.

Já o diretor substituto do Departamento de Políticas de Saúde e Segurança Ocupacional de Brasília, Domingos Lino, passou informações sobre Fator Acidentário de Prevenção. “Esta é uma discussão que precisa ser feita de forma qualificada. Nós precisamos entender os problemas, onde eles ocorrem e por que ocorrem. Caso contrario não vamos conseguir encaminhamento algum”, frisou Domingos.

Diretores da Força Sindical do Paraná também ressaltaram a importância da Agenda Sindical. “É importante ter dialogo com profissionais da Previdência até para entender a situação deles também, já que muitas vezes a sociedade joga a culpa toda nas costas deles”, disse o secretário de Saúde e Segurança do Trabalho da Força-PR, Núncio Mannala.

“Esta oficina serve muito bem para apresentar os problemas dos trabalhadores. É inadmissível um cidadão esperar até 80 dias para fazer uma perícia no INSS e receber o beneficio que ele tem direito”, disse o presidente em exercício do SMC, Jamil Davila.

Agora, uma nova reunião será realizada na próxima semana, ainda sem data definida, para definir a proposta de soluções. Logo em seguida ela será encaminhada ao Ministério da Previdência Social.

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