Reunidos em assembleias, em porta de fábrica, nesta quinta-feira (30), pela manhã, metalúrgicos da Volvo e da Aker Solutions, ambas localizadas na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), aprovaram uma moção de repúdio contra as atrocidades e violência cometidas pelo Polícia Militar contra os professores e servidores estaduais, na tarde de quarta-feira (29), no Centro Cívico.
Aproveitando-se das assembleias que está realizando nas empresas para debater o PL 4330, que amplia a terceirização, o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba está pedindo a aprovação e o apoio dos trabalhadores à moção de repúdio contra a violência e a forma desastrosa e antidemocrática com que o governo conduziu a aprovação que altera a ParanáPrevidência.
“Em pleno século XXI, não dá mais para aceitar que as os problemas do estado sejam resolvidos de forma truculenta, com utilização da polícia e sem debate com a sociedade. É preciso que o governo modernize sua visão para ter mais habilidade em lidar com os valores democráticos”, diz o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, Sérgio Butka.
Confira a moção de repúdio
Moção de repúdio do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba em relação às atrocidades cometidas contra professores e servidores estaduais
O Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba repudia de forma veemente as atrocidades cometidas pelo governo do Paraná contra os professores e demais servidores estaduais, na tarde desta quarta-feira (29), no Centro Cívico, em Curitiba.
As imagens da violência e dos excessos cometidos pelo governo contra pessoas que estavam exercendo seu direito constitucional de protesto e manifestação chocam pela barbárie e truculência. O saldo negativo de mais 200 pessoas feridas, entre manifestantes, profissionais da imprensa e até crianças de uma creche próxima, que passaram mal devido ao excesso de gás lacrimogênio e de pimenta utilizados, deixam evidente a desproporção da ação da Polícia Militar.
Infelizmente, a forma desastrosa e antidemocrática com que o governo conduziu a aprovação do projeto que altera a ParanáPrevidência, primeiro querendo forçar a aprovação na base do chamado tratoraço, sem debater com a sociedade, e depois, se utilizando de mais de 2 mil policiais para cercar todo o perímetro da Assembleia Legislativa do Paraná visando impedir a entrada e chegada dos manifestantes à Casa Legislativa, escancara a inabilidade política do governo em relação aos direitos e valores democráticos.
Nesta quarta-feira sangrenta, ao agredir e reprimir de forma violenta pessoas que estavam lutando para preservar seus direitos, o Paraná retrocedeu mais de 50 anos deixando na sua história uma mancha triste de desrespeito aos direitos humanos e aos valores democráticos.
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