DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS – Uma nova jornada nacional de greves prejudicou o transporte aéreo e ferroviário na França, mas os protestos contra a reforma previdenciária aprovada na véspera pelo Parlamento parecem estar perdendo força no país.
Jean-Claudi Mailly, dirigente da central sindical Force Ouvrière, admitiu que os protestos estão demonstrando “uma pequena fadiga”, apesar de a lei ainda não ter sido sancionada por Sarkozy.
“Isso deixará profundas cicatrizes”, afirmou.
O governo contabilizava 560 mill trabalhadores nas ruas. Os sindicatos protestavam contra o balanço oficial e falavam em 2 milhões de pessoas.
“É verdade, você pode falar que o movimento está desaquecendo, mas é preciso perguntar por quê”, apontou o policial aposentado, Serba Germain. “As pessoas estão desapontadas porque o governo não as escutou”, completou o manifestante.
A reforma, que eleva a idade de aposentadoria de 60 para 62 anos, foi aprovada pelo Parlamento, mas ainda precisa ser sancionada pelo presidente Nicolas Sarkozy.
“Vamos lutar até o fim”, diz o líder sindical Martine Aubry.
Sarkozy, no entanto, não cedeu às manifestações mesmo depois de duas semanas de greves e manifestações.
O governo exigiu a abertura de refinarias para evitar a crise de abastecimento no país. Cerca de 85% dos postos estavam funcionando ontem e 7 das 12 refinarias haviam decidido retomar os trabalhos. A região central de Paris ainda tinha problemas de abastecimento.