Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Miguel Torres

Presidente da Força se soma ao clamor pela saída de Bolsonaro e renúncia já!

Afastamento do presidente da República encontra apoio crescente na sociedade

A postura do presidente Jair Bolsonaro, que, além do descaso frente ao agravamento da crise sanitária provocada pela Covid-19, vem reiterando a sanha golpista do seu mandato, tem despertado indignação nos mais amplos setores sociais.

Essa posição de repúdio à irresponsabilidade presidencial foi reforçada pelo líder metalúrgico Miguel Torres, presidente da Força Sindical, em vídeo divulgado quinta (30), véspera da celebração do 1° de Maio – Dia Internacional do Trabalhador. “O presidente da República não tem condições, hoje, de governar o País. É crise atrás de crise, e a população morrendo”, ele critica. Em sua fala, o dirigente pede a renúncia de Bolsonaro.

Miguel rebate a agressão do presidente às vítimas do novo coronavírus, à memória dos mortos pela doença e ao sentimento de quem perdeu entes queridos. O “E daí? Sou Messias, mas não faço milagres”, frase de Bolsonaro, dia 28, foi um soco na boca do estômago da Nação. O dirigente da Força afirma no vídeo: “Presidente Jair Messias Bolsonaro, renuncie. Você não é digno de comandar um País como o Brasil”.

Impedimento – O afastamento do presidente da República encontra apoio crescente na sociedade. A Câmara dos Deputados já recebeu mais de 30 pedidos de impeachment. As iniciativas partem de parlamentares, cidadãos e entidades com orientações ideológicas diversas – que vão da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) ao Movimento Brasil Livre (MBL), que teve participação ativa na campanha presidencial de Bolsonaro.

STF – O presidente também pode ser afastado em decorrência de inquérito instaurado pelo Supremo Tribunal Federal, a fim de investigar as denúncias feitas pelo ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, ao anunciar sua saída da Pasta.

Força – Para Miguel Torres, a renúncia pode ser o meio mais eficaz, por ser uma solução rápida e estar sujeita à influência da pressão popular. “Estamos vendo o desgoverno que o País enfrenta. Quanto mais o tempo passa, mais a crise se aprofunda. Parte da classe política já pede o impeachment, outra parte acha que tem que deixar sangrar, antes de derrotá-lo. Só que quem está sangrando e morrendo é a população”, disse à Agência Sindical.

Ano XII • 3.192 • 4/5/2020