RIO DE JANEIRO – Sem aceitar proposta da Petrobras que previa aumento do piso da Participação nos Lucros e Resultados (PRL) e pagamento de hora-extra nos feriados, os petroleiros entraram nesta sexta-feira (27) no quinto dia de greve. Eles recusaram a proposta porque havia indicações de que os grevistas que cometeram excessos durante o movimento seriam punidos.
De acordo com coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), João Antônio Moraes, a punição aos petroleiros é um retrocesso nas negociações que estavam ocorrendo nos últimos dias.
“A empresa mantinha a intenção de colocar uma claúsula, onde pretendia fazer apurações no sentido de punir os trabalhadores. Para a FUP, quando se caminha para um acordo, é necessário selar a questão, mesmo porque nós entendemos que os excessos foram cometidos pela empresa, ao colocar pessoas não habilitadas para operar unidades petrolíferas”.
A proposta inicial da categoria era fazer uma greve de cinco dias. Como ainda não houve consenso entre a Petrobras e os funcionários, a categoria se reunirá em assembléia nesta sexta (27) para decidir se a paralisação vai continuar.
A Petrobras informou, em nota, que está aberta às negociações com os petroleiros. A empresa informou ainda que a produção não foi prejudicada por causa da greve.