Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Petista vai a ato com sindicalistas do ABC em dia de lançamento de Serra


Cristiane Agostine e Ana Paula Grabois, de São Paulo

O PT prepara um grande evento no ABC paulista com a pré-candidata a presidente Dilma Rousseff e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no sábado, mesmo dia do lançamento da pré-candidatura de José Serra à Presidência pelo PSDB, em Brasília.

Decidido no início desta semana, o evento será no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, berço político do presidente Lula. O encontro de centrais sindicais com Lula e Dilma vai debater emprego e qualificação profissional e mostrar estudo sobre o assunto elaborado pelo Dieese.

A previsão é de que milhares de pessoas participem do evento na manhã do dia 10. A rua em frente ao sindicato deverá ser fechada e a organização deve instalar até telões para transmitir a palestra dos petistas. “Estamos preocupados porque não vai caber todo mundo”, disse o presidente do diretório do PT de São Bernardo do Campo, o sindicalista Wanderley Salatiel.

O PT quer mostrar que Dilma está próxima aos sindicalistas, apesar de não ter ligação direta com os movimentos de trabalhadores. “A luta de Dilma é parecida com a nossa”, disse o presidente do PT de São Bernardo do Campo. “Ela não é do meio sindical, mas veio da luta social”, comentou Salatiel.

Foram convidados sindicatos de diferentes centrais sindicais, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central Central dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) e Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST). Entre os sindicatos convidados está o SindSaúde, que promoveu greve contra José Serra até a véspera da desincompatibilização do tucano do governo de São Paulo.

O PT evita mostrar o evento com Dilma e Lula, em São Paulo, como uma contraposição ao lançamento de Serra em Brasília, no mesmo dia. “É uma agenda com todo o movimento sindical, na casa do presidente Lula. É muito mais pela característica da atividade, do simbolismo que ela traz”, disse o presidente do PT de São Paulo, Edinho Silva.