Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Pedido de ajuda a trabalhadores nos EUA tem alta recorde

DA REDAÇÃO

Com empresas anunciando todos os dias demissões gigantescas de funcionários, o número de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA chegou ao seu maior nível em 26 anos.

Na semana passada, 626 mil norte-americanos passaram a recorrer à ajuda, 35 mil a mais que nos sete dias anteriores -um número que não era visto desde 1982. O total de pessoas que recebem o auxílio, que já era recorde, continuou a crescer: mais 20 mil estão ganhando a ajuda estatal, somando 4,79 milhões de pessoas, o maior patamar já registrado pela pesquisa iniciada em 1967.

Segundo levantamento de uma consultoria, as empresas privadas nos EUA fecharam 522 mil vagas no mês passado, mostrando que os cortes no mercado de trabalho não perderam força neste início de ano. Pior, algumas delas, como a Starbucks, fecharam algumas das suas lojas ou fábricas, o que significa que essas vagas não serão reabertas no curto prazo.

O levantamento do governo sobre o mercado de trabalho em janeiro será divulgado hoje. A expectativa é que, pelo terceiro mês consecutivo, ele apresente uma redução de ao menos 500 mil vagas. A taxa de desemprego nos EUA é hoje a maior desde 1993.

Com os americanos perdendo seus empregos ou temendo a demissão por causa da crise, as empresas do varejo também estão sofrendo. As grandes cadeias de lojas voltaram a ter um mês negativo em janeiro, com queda expressiva nas vendas. O pior resultado foi o da Gap, a maior cadeia de vestuário dos EUA, que teve um recuo de 23% nas vendas em relação a janeiro do ano passado.

Como também tem ocorrido nos últimos meses, uma das poucas que têm faturado mais foi o Wal-Mart, que teve alta de 5,1% nas vendas, mostrando que os norte-americanos têm cada vez mais optado por redes que prometem oferecer opções mais baratas.