Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Paris (FRA): Montadoras soam alarme de cortes de produção e empregos

Escrito por Marcel Michelson – Reuters

02-Out-2008

PARIS – Grandes montadoras do mundo, incluindo General Motors e Ford, alertaram para tempos difíceis durante o salão do automóvel de Paris, aberto nesta quinta-feira, pois vêem chance de que a redução na demanda possa forçar as empresas a cortarem produção e empregos.

O presidente-executivo da Ford, Alan Mulally, afirmou que não espera uma recuperação do mercado global de veículos até 2010 e pediu aos governos e bancos centrais para trabalharem em conjunto para trazerem a estabilidade de volta para os mercados financeiros.

“O ano de 2009 não será melhor que 2008”, disse Mulally a jornalistas durante o evento. “Não vemos recuperação até 2010”, disse ele, citando baixa de mercados no mundo.

O vice-presidente de operações da GM, Fritz Henderson, alertou para fraqueza tanto nos Estados Unidos quando nos mercados da Europa Ocidental.

“Certamente o primeiro semestre de 2009 será fraco”, disse Henderson a jornalistas. “Estaremos sob alguma pressão pelos próximos 12 a 14 meses”, disse o executivo.

Mitsuki Kinoshita, membro do conselho de administração da Toyota, afirmou que a crise de crédito está atingindo a confiança dos consumidores e que isso poder forçar a Toyota a rever sua meta de vendas global de 9,5 milhões de veículos em 2008 e 9,7 milhões em 2009.

Uma fonte na maior montadora da Europa, a Volkswagen, afirmou à Reuters que a companhia enfrenta tempos difíceis na unidade espanhola Seat e apesar das metas da empresa continuarem intactas, a montadora pode considerar cortar produção.

O presidente-executivo da Volkswagen, Martin Winterkorn, disse a jornalistas que a empresa espera conseguir gerar um pequeno ganho em vendas unitárias e receita no próximo ano, apesar da turbulência nos mercados financeiros. O executivo confirmou cenário para companhia em 2008.

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, sancionou na terça-feira projeto que inclui garantias de 25 bilhões de dólares em empréstimos a juros baixos para as montadoras norte-americanas Ford, GM e Chrysler.