Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Brasil Metalúrgico

Para João Guilherme, movimento Brasil Metalúrgico foi destaque de 2017

Primeiro vem a unidade com a base, recomenda o consultor Vargas Neto

Mais tarimbado consultor sindical do País, João Guilherme Vargas Neto foi entrevistado quinta (7) pelo Repórter Sindical na Web, apresentado pelo jornalista João Franzin. O programa tratou do balanço de 2017, das tarefas imediatas do movimento e de ações para 2018.

“O ano foi muito pesado para os trabalhadores, que viram a recessão atingir duramente o emprego e as condições de trabalho. Além disso, a classe trabalhadora foi atingida pelo projeto que agrava a terceirização, pela reforma trabalhista e, agora, a ameaça de desmonte da Previdência”, ele comenta.

Positivo – Entre as iniciativas positivas do período, além da unidade de ação, o consultor sindical aponta a formação do “Brasil Metalúrgico”, movimento que agrega a categoria em âmbito nacional. Ele também destaca o trabalho do Centro de Memória Sindical, que, entre outras ações, publicou revista sobre a greve geral de 1917.

Base – Segundo o consultor, essa conjuntura exige a presença sindical mais efetiva junto às categorias. Ele diz: “O mais importante hoje é reforçar as relações entre a cúpula sindical e as bases. A melhor forma é fazer a defesa dos direitos ameaçados, num esforço de evitar com que a lei trabalhista seja implementada na prática. Onde os Sindicatos têm enfrentado o problema, os direitos estão sendo preservados”.

Centrais – Para Vargas Neto, a unidade de ação entre as cúpulas deve ser buscada de forma permanente. Ele avalia que houve acertos durante todo o ano, mas erro na definição da data e também no desmonte da greve nacional marcada para 5 de dezembro. “Greve geral é assunto para massas; não é algo que se define pelas cúpulas”, observa.

Previdência – A reforma proposta pelo governo será votada na Câmara e Senado. Na avaliação de João Guilherme Vargas Neto, as manifestações têm pouco impacto junto a parlamentares. Ele recomenda: “As ações devem ser corpo a corpo, com os deputados e senadores em Brasília e iniciativas também junto às suas bases eleitorais”.

Eleições – O consultor questiona a necessidade imperiosa de se eleger uma bancada sindical, em 2018. “Não vejo condições ou eficácia. A experiência mostra que devemos ampliar a relação com os partidos e parlamentares. E esse deve ser um trabalho constante, com períodos naturais de maior aproximação ou distanciamento, em função da necessidade e da pauta”.

ASSISTA – Veja a íntegra do programa no canal da Agência Sindical no YouTube.