“Vimos manifestar, mais uma vez, nosso mais veemente repúdio aos ataques sofridos pela militância que se manifesta pacificamente em favor da liberdade do ex-presidente Lula, ocorrido na madrugada deste sábado, 28. O ataque a tiros que, por sorte, não terminou em morte é para nós motivo de grande preocupação com os rumos da nossa Democracia.
O ataque acontece exatamente um mês depois dos tiros que atingiram a caravana de Lula, também no estado do Paraná. Isso deixa clara uma violência sistemática para a qual não vemos energia e veemência suficientes por parte das autoridades para investigar e punir seus envolvidos. Pelo contrário, vemos um empenho em provocar a transferência de Lula da sede da Polícia Federal sob alegação de que os manifestantes provocam muito transtorno a população. Mais uma forma de jogar a sociedade paranaense e brasileira contra uma manifestação pacífica e legítima. Mais uma forma de contribuir com a exaltação de ânimos.
Precisamos de mais respeito às diferenças, debate, construção de um país de todos, até porque o ser humano não vive sem o outro, essa nos é uma condição essencial, primordial. Postura democrática, enfim, bem diferente do que se vê com essas atitudes, que procuram resolver a bala divergências que não se quer resolver com a força do debate e do convencimento. Atitudes como essas só reforçam a necessidade de unidade das forças democráticas para dizer um basta, selar um pacto em defesa da Democracia e fazer uma frente de resistência, pensando em um projeto bem maior: um projeto de sociedade que resolva os reais problemas deste país, a começar pelo desemprego que atinge mais de 13 milhões de trabalhadores.
Por tudo isso, o 1º de maio de 2018 unificado em Curitiba ganha mais força diante deste ataques, ganha a força da indignação e da resistência. Ganha a força do compromisso com o Brasil e da indignação e luta contra o autoritarismo”.
Jorge Nazareno
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região