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Nível de atividade da indústria paulista cai 3% em agosto, aponta Fiesp

O nível de atividade da indústria paulista caiu 3% em agosto com ajuste sazonal, em relação ao mês anterior, de acordo com o Indicador de Nível de Atividade (INA) divulgado mensalmente pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Sem o ajuste sazonal, houve crescimento de 0,2%. Com relação ao mesmo mês do ano passado, o crescimento foi de 3,9%. No acumulado do ano, a elevação foi de 8,3% e, no acumulado dos últimos 12 meses, o aumento foi de 8,5 %.

Segundo a pesquisa, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) ficou estável tanto com relação ao mês de julho, quanto em relação ao mês de agosto do ano passado, com 84,1%, sem o ajuste sazonal. Com o ajuste, o Nuci, em agosto, foi de 82,6%, o mesmo valor registrado em agosto do ano passado. Em julho, o nível de uso da capacidade instalada foi de 83,9%.

Em agosto, o setor de alimentos e bebidas apresentou queda de 6,5%, com ajuste sazonal, e de 5,5%, sem ajuste. Já na comparação com agosto do ano passado, a retração foi de 11,4%.

No acumulado do ano, houve queda de 5,5% e, nos últimos doze meses, de 5,1%. “Apesar da redução dos preços dos alimentos comparada ao pico de aumentos, não existe reação do consumo desses produtos. As pessoas continuam comendo o mesmo volume, mas com diferente composição, o que resulta em perdas para o setor”, afirmou o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp, Paulo Francini.

No setor de máquinas e equipamentos, foi registrada queda de 3,3% com ajuste sazonal e elevação de 0,3% sem o ajuste. Com relação a agosto do ano passado, o aumento foi de 2,8%.

De janeiro a agosto, a elevação do setor foi de 9,7% e, no acumulado dos últimos doze meses, houve aumento de 11,7%. “Essa foi uma redução de vigor porque o setor vinha crescendo sempre a dois dígitos. Mas os outros números ainda são positivos. Não se pode dizer que está mal, mas que perdeu sua taxa de expansão em agosto. A tendência é de acomodação”, analisou Francini.

Segundo ele, a expectativa é fechar o ano com uma taxa de crescimento de 5,4% e do desempenho da indústria de 6,5% a 7%. “Só resta um trimestre no ano e parte dele já está contratada. Quer dizer, tem um trem andando e não existe motivo para alterar a expectativa para 2008”, avaliou..

O economista disse, ainda, que a crise econômica dos Estados Unidos exige cautela por parte do Brasil, já que, agora, começa a “mostrar sua cara feia”. “Hoje, ocorre um panorama de densas dúvidas, mas sem as visões otimistas que havia no começo da crise. Ainda não se tinha conhecimento profundo do grau de severidade [da crise americana] e, agora, percebemos a capacidade de devastação da crise.”