Foto de Iugo Koyama
Reunião das centrais sindicais
Escrito por Assessoria de Imprensa da Força Sindical
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O movimento sindical brasileiro terá duas datas importantíssimas em sua agenda neste ano.
Nos próximos dias 2 e 3 de fevereiro, cerca de 300 dirigentes das centrais sindicais – Força Sindical, CUT, CTB, CGTB, UGT e NCST – estarão na abertura dos trabalhos do Congresso Nacional para pressionar os parlamentares a colocar na pauta de votação a redução da jornada semanal de trabalho para 40 horas.
No dia 1º de junho, será realizada a Conferência Nacional das Classes Trabalhadoras, na qual será apresentado um documento sobre o País que os trabalhadores querem e que tipo de desenvolvimento reivindicam. O documento será entregue a candidatos a presidente da República.
A PEC (Proposta de Emenda a Constituição) 231/95, que reduz a jornada semanal de trabalho de 44 horas para 40 horas, está pronta para ser votada pelo plenário da Câmara dos Deputados, mas até agora não foi incluída, apesar das mobilizações feitas pelos trabalhadores.
Iugo Koyama
Paulinho, presidente da Força Sindical
“Queremos que a proposta seja votada ainda neste primeiro semestre”, declarou Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente da Força Sindical.
Artur Henrique, presidente da CUT, considera importante lutar pela inclusão das 40 horas na pauta de votação da Câmara dos Deputados, ao mesmo tempo que sindicatos, federações e confederações organizam mobilizações nas bases.
Iugo Koyama
Clementino Vieira, presidente da CNTM
As confederações dos metalúrgicos da Força Sindical (CNTM) e da CUT (CNM) também terão estratégias para negociar com os patrões do setor acordos pela jornada de 40 horas semanais, segundo Clementino Vieira, presidente da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos).
Em São Paulo, a categoria já está realizando mobilizações nas fábricas reivindicando as 40 horas, informou Miguel Torres, presidente do Sindicato.
“Vamos buscar negociações coletivas fora das datas-base e se não houver negociações faremos greves”, disse João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral da Força Sindical.
Eleições
Para Wagner Gomes, presidente da CTB, o documento a ser desenvolvido pelas centrais será focado na valorização do trabalho e na distribuição de renda. “É importante a participação dos trabalhadores no debate do documento”, disse Carlos Alberto Pereira, da CGTB, ao justificar o envio ao documento para debate nos estados antes de ser apresentado na Conferência Nacional.
“Vamos substituir a Marcha da Classe Trabalhadora que fazemos todos os anos para Brasília pela Conferência”, explicou Francisco Canindé Pegado, da UGT. Já Luis Antonio Festino, da NCST, observou que esta ação só será possível com a unidade das centrais sindicais.