Empresas tentam calcular prejuízos causados pelo terremoto no país
Honda, Nissan e Toyota suspenderam toda a fabricação; energia e logística ainda devem pesar nos negócios
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
As empresa japonesas devem demorar mais alguns dias para terminar a conta dos prejuízos do terremoto. Enquanto terminam o cálculo, executivos anunciam paralisação de unidades e incertezas sobre a recuperação dos negócios.
A Toyota interrompeu a operação de suas 12 unidades no país até amanhã. No período, a fabricante deixará de produzir 40 mil veículos.
As unidades do Japão responderam por 43% da produção total da montadora no ano passado.
A Honda interrompeu toda a produção no país. As fábricas japonesas, que correspondem a cerca de 20% da operação da empresa, devem permanecer inoperantes até o próximo dia 20.
A Nissan também suspendeu a fabricação no país.
Analistas temem que o impacto do desastre também afete a oferta e os preços de componentes eletrônicos.
Produtores de chip no Japão faturaram US$ 63,8 bilhões em 2010 e responderam por 25% do mercado mundial de semicondutores.
A Toshiba fechou suas fábricas após o terremoto e o tsunami da última semana e a companhia ainda conta os impactos econômicos.
Executivos e analistas dizem que ainda é muito cedo para precisar o prejuízo.
Mesmo as empresas que não tiveram fábricas danificadas devem sofrer com falhas no fornecimento de energia e dificuldades logísticas para distribuição.
“As consequências econômicas parecem ser maiores do que a gente esperava no início”, afirma o vice-presidente de investimento da Moody´s, Tom Byrne.