Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Metalúrgicos SP fecham 32 acordos direto com empresas


SÃO PAULO – Devido à falta de entendimento com os grupos patronais, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo começou, na semana passada, a buscar a negociação direta com as empresas e fechou, até ontem, 32 acordos garantindo aumento salarial médio de 7% mais abono, em percentuais médios de 21%, para cerca de 4.100 trabalhadores.

“Vamos intensificar as negociações e aumentar o número de acordos. Estamos sentindo a pressão de alguns grupos patronais, sobretudo do setor de máquinas e eletroeletrônicos, mas vamos manter nossa ação, e as empresas que se recusarem a negociar serão paralisadas”, afirma Miguel Torres, presidente do Sindicato.

As negociações começaram em setembro e, até o momento, os grupos patronais não apresentaram proposta de reajuste salarial ou de aumento real, mas querem tirar cláusulas importantes da convenção coletiva, como a garantia de emprego aos acidentados no trabalho e portadores de doenças profissionais, a estabilidade para os trabalhadores que estão a até 1,5 ano da aposentadoria, entre outras. “Queremos a renovação de todas as cláusulas sociais”, completa Miguel Torres.

A campanha salarial é unificada com outros 52 sindicatos metalúrgicos do estado, afiliados à Força Sindical, e envolve cerca de 800 mil trabalhadores. A data-base é 1º de novembro. Na base de São Paulo e Mogi das Cruzes são cerca de 260 mil trabalhadores.

OIT

As centrais como Força Sindical, CUT, UGT, CTB, NCST e CGTB prometem denunciar à Organização Internacional do Trabalho (OIT) a interferência indevida do Ministério Público do Trabalho (MPT) nos sindicatos. A reclamação formal será entregue pelos presidentes das centrais sindicais ao diretor-geral da OIT, Juan Somavia, na próxima segunda-feira, às 16h30, em Genebra, na Suíça.

Os sindicatos estão sendo chamados pelo MPT em vários estados para assinar termos de ajustamento de conduta, pois os procuradores consideram que não podem ser cobradas taxas de não sindicalizados.

Uma delas é a taxa assistencial, descontada anualmente da negociação coletiva de sócios e não sócios das entidades. Alguns procuradores são contra a cobrança dos não sócios. “Se o não sindicalizado também se beneficia do mesmo reajuste negociado, por que ele não pode pagar a taxa assistencial ?”, afirma Paulo Pereira da Silva – o Paulinho, presidente da Força Sindical.

PanoramaBrasil