Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Metalúrgicos pressionam por contratações na GM

Escrito por Michele Loureiro    

 

Segundo as contas do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, cerca de 200 trabalhadores devem ser contratados imediatamente na unidade da região. Amanhã, a diretoria do sindicato se reúne com a GM do Brasil e prometeu pressionar para que haja as contratações.

 

“Realizamos um levantamento e percebemos que os funcionários estão sobrecarregados. Desde que os 1.633 trabalhadores temporários foram dispensados, em fevereiro, a produção continua igual e até maior”, destacou o vice-presidente da entidade, Francisco Nunes Rodrigues.

 

Atualmente, são 6.219 horistas atuando diretamente na linha de produção da GM. A pressão aumentou para que esses trabalhadores deem conta da crescente venda da montadora. Em maio, a GM produziu 47.800 veículos, número 2% superior ao obtido no mesmo mês do ano passado, e 17% maior sobre abril de 2009.

 

A montadora de São Caetano produz cerca de 780 automóveis por dia, e contrariando a afirmação de sobrecarga do sindicato, afirmou que com a presença do terceiro turno, o número era maior, perto de 1.200 unidades.

 

“Temos convicção de que há muita pressão, e com o excesso de trabalho, muitos funcionários correm o risco de adquirir doenças”, explicou Nunes.

 

Apesar das queixas, o cenário positivo da unidade confirma a independência da montadora no País, declarada pelo presidente da GM no Brasil e Mercosul, Jaime Ardila, na última terça-feira.

 

Para ele, a concordata da matriz americana não vai impactar em nada. “A empresa tem o compromisso de não demitir nenhum trabalhador, mas também não há planos de contratações por enquanto”, declarou Ardila.

 

Nunes afirmou que o sindicato exigirá garantias de emprego. “Acreditamos que os trabalhadores não correm risco, mas queremos oficializar a garantia de emprego e brigar pelas contratações”, prometeu.

 

PASSO A FRENTE – O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos saiu na frente e se reuniu com a diretoria da montadora pedindo estabilidade garantida de dois anos.

 

“Não podemos confiar no mercado ou em palavras ditas à imprensa. Queremos um acordo que garanta estabilidade no emprego e o retorno à fábrica de todos os trabalhadores em licença- remunerada”, afirmou o presidente do sindicato, Vivaldo Moreira Araújo.

 

Além disso, ele falou sobre a ideia de nacionalizar a GM. “O governo brasileiro tem plenas condições de nacionalizar e estatizar a GM do Brasil, para que se garantam os empregos e de que se fomente uma indústria automobilística nacional.”

 

Procurada pela reportagem, a GM não foi localizada para comentar as questões.

 

Fonte:Diário do Grande ABC