Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Em Assembléia-Geral realizada na sexta-feira, 24 de outubro, os metalúrgicos de São Paulo aprovaram as propostas de acordo salarial apresentadas por cinco grupos patronais e estado de greve nas empresas pertencentes ao Grupo 10, que é comandado pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e não apresentou contraproposta.

Os trabalhadores deram prazo até esta segunda-feira, dia 27 de outubro, para os patrões do G10 se manifestarem. “Caso contrário, vamos começar a parar as fábricas do setor a partir de terça-feira”, afirma Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, que comandou a assembléia de cerca de 1.500 trabalhadores.

O evento foi realizado no auditório do Sindicato, no bairro da Liberdade, em São Paulo.

As contrapropostas propostas aprovadas garantem a reposição da inflação dos últimos 12 meses (período a ser encerrado neste mês de outubro), levando em conta que a inflação de outubro ainda não foi divulgada pelo IBGE.

Confira os índices:

Grupo 3 (autopeças): reajuste salarial estimado de 10,99%, dos quais 3,6% de aumento real.

Grupo 2 (máquinas e equipamentos e eletroeletrônicos): reajuste estimado de 10,34%, dos quais 3% de aumento real.

Grupo 19-3 (laminação de metais, esquadrias e construções metálicas, equipamentos ferroviários, metais não-ferrosos, e outros): reajuste estimado de 10,34%, dos quais 3% de aumento real.

Fundição: reajuste estimado de 10,51%, dos quais 3,15% de aumento real.

Sindisider (produtos para siderurgia): reajuste estimado de 10,34%, dos quais 3% de aumento real.

A categoria é formada por 750 mil trabalhadores no Estado, com data-base em 1º de novembro, representados por 54 sindicatos de metalúrgicos.

Assembléia também decide por paralisações nas fábricas do Grupo 10

Assembléia com mais de 500 trabalhadores, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região, aprovou sexta (24) acordo salarial com ganho real para cinco setores: Sindipeças, Grupo 19-3 (Sindimaq e Sinaees), Fundição, Sindisider e Sicetel. Trabalhadores em autopeças, forjaria e parafusos (Sindipeças) terão reajuste de 10,99%, sendo 3,60% de aumento real, além dos 7,13% estimados para a inflação (INPC) do período.

A campanha dos metalúrgicos também conseguiu melhorar o valor dos Pisos. No Sindipeças (Grupo 3), o reajuste no Piso chega até 13,64%. Todos os metalúrgicos desses cinco grupos patronais também vão receber abono salarial, em dezembro, que variam entre 27% e 30% dos salários.

O presidente José Pereira dos Santos afirma: “É o sexto ano consecutivo que conseguimos aumento real. Esse aumento acumulado chega a 16,61%”. Nos Pisos, segundo Pereira, há casos em que o aumento real acumulado (de 2003 a 2008) ultrapassa 39%.

Paralisações – Mas a campanha não foi encerrada. Os metalúrgicos aprovaram paralisação em empresas do Grupo 10 (estamparia). As negociações coordenadas pela Fiesp estão emperradas. Já nos setores do Sindifupi (pequenas oficinas) e Sindimotor as negociações estão em andamento.

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