Miguel Torres e Paulinho da Força em reunião com Candido Vaccarezza |
Os metalúrgicos da Força Sindical e da CUT questionam os critérios que definem em 65% o conteúdo de componentes nacionais na produção de veículos automotores, e que estão inseridos na Medida Provisória (MP) 540 que dispõe sobre a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) à indústria automotiva.
Estudos comprovam que no índice de 65% estão embutidas situações não correlacionadas à produção, indicando portanto que os índices de nacionalização são menores: 16% para o setor automotivo e 1,4% para o de autopeças.
Segundo Miguel Torres, vice-presidente da Força Sindical e presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, se esta realidade for mantida na MP 540, que deverá ser votada na semana que vem na Câmara dos Deputados, a cadeia automobilística entrará em colapso.
Os dirigentes sindicais tiveram reuniões nesta quinta-feira, 20 de outubro, em Brasília, com o líder do governo na Câmara, deputado Candido Vaccarezza, o Ministro do Trabalho, Carlos Lupi, e o secretário executivo do ministério da fazenda, Nelson Barbosa, para alertá-los sobre o problema.
“Vamos intensificar a pressão no Congresso, junto aos líderes partidários, e exigir que os índices de nacionalização sejam maiores. Vamos para a ofensiva para que o Brasil Maior tenha realmente um caráter nacional, produtivo e social”, diz Miguel Torres.
O movimento sindical apresentou como alternativa: 26% de conteúdo nacional na produção de veículos automotores e 4,9% de conteúdo nacional de autopeças, conforme é aplicado, por exemplo, na cadeia automobilística do México.
Reunião com o Ministro Lupi |
Reunião com Nelson Barbosa, do Ministério da Fazenda |
Por Val Gomes – Redação CNTM e Assessoria de Imprensa do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes
www.metalurgicos.org.br
Fotos: http://twitter.com/#!/dep_paulinho