Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Federação dos Metalúrgicos de SP

Metalúrgicos do Estado de SP aprovam pressão maior por aumento real

Dirigentes dos sindicatos filiados à Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo reuniram-se nesta quarta-feira, 22 de outubro, em São Paulo, na sede da Federação, para fazer um balanço do andamento da Campanha Salarial 2014 e definir as próximas ações.

A proposta aprovada é ampliar desde já a mobilização da categoria metalúrgica em todos os municípios da base, aumentando a pressão por reajuste salarial com aumento real (acima da inflação).

“Se até o final deste mês de outubro os patrões não fizerem uma proposta digna, nós vamos à greve!”, diz Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, CNTM e Força Sindical.

Nesta quinta-feira, 23 de outubro, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo realizará assembleias nas portas de fábrica do grupo 3 (setor de autopeças), na capital, para que as empresas pressionem o sindicato patronal.

Jaélcio Santana

Miguel Torres, Magrão, Pereira de Guarulhos e Eliseu de Jundiaí

Os dirigentes fizeram uma avaliação da conjuntura econômica do País, com a certeza de que o aumento real é fundamental para a classe trabalhadora ter salários com mais poder de compra para fomentar o comércio, a produção industrial e a economia.

“Precisamos arregaçar as mangas, ter atitude e mobilizar a categoria nas portas de fábrica e pressionar os grupos patronais“, disse Cláudio Magrão, presidente da Federação.

“Hoje situação econômica é ruim, mas devemos lembrar que na crise de 2008 nós conseguimos aumento real. Precisamos então resistir, conquistar ganho real para os metalúrgicos e continuar sendo exemplo para as demais categorias”, disse o deputado federal Paulinho da Força

A Campanha Salarial 2014 é unificada: reúne 54 sindicatos filiados à Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo, representando cerca de 750 mil trabalhadores, com data-base em 1º de novembro.

Além do reajuste salarial, com aumento real, a categoria reivindica valorização dos pisos, estabilidade do delegado sindical, redução da jornada de trabalho, fim das terceirizações e licença-maternidade de 180 dias, entre outros itens.

Jaélcio Santana

Gilberto de Osasco, Miguel Torres, Magrão, Pereira de Guarulhos
e Paulinho da Força (ao microfone)