Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Metalúrgicos devem parar na Grande São Paulo

TRABALHADORES DOS SETORES DE MÁQUINAS E DE ELETROELETRÔNICOS DEVEM PARAR AS ATIVIDADES. NA CAPITAL, DEVEM SER 11 MIL GREVISTAS

Os trabalhadores dos setores de máquinas e eletroeletrônicos do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Mogi das Cruzes e região prometem paralisar hoje suas atividades.

O motivo, segundo o sindicato, seria a falta de disposição dos patrões em negociar a proposta apresentada pelos trabalhadores. Eles já teriam enviado uma notificação sobre a paralisação por tempo indeterminado aos sindicatos que representam os patrões.

A principal reivindicação da categoria é r um aumento salarial de 20%. Outras exigências são o fim das terceirizações e da jornada de 40 horas semanais sem que haja redução salarial.

Na capital serão 11 mil grevistas de 17 empresas do setor. Não foi anunciado o número de trabalhadores que participam da paralisação no resto do Estado. De acordo com a assessoria paulistana, os trabalhadores dos 55 sindicatos de metalúrgicos no Estado aderiram à greve. Eles fazem parte da Federação dos Metalúrgicos de São Paulo, que reúne 750 mil operários.

Os trabalhadores reclamam do desprezo com que os patrões trataram a negociação. “O grupo patronal não sinalizou com proposta, contratou um escritório para negociar e na primeira negociação só uma parte deles compareceu e disse que ainda não tinham avaliado a pauta dos trabalhadores. Vamos parar as empresas, fazer assembléia e buscar acordo direto com as fábricas”, afirma Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes. Ainda para o sindicalista, a pauta com as exigências teria sido apresentada na semana passada.

Procurado na semana passada, o sindicato dos patrões não levou a sério a perspectiva da greve. “Essa ameaça de greve é uma bravata”, disse então Carlos Pastoriza, diretor-secretário da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos). “As negociações ainda nem começaram e o setor patronal não definiu uma data para iniciar as negociações”, disse. A Abimaq foi procurada novamente ontem, mas não respondeu à reportagem.

(Bruno Saia)