Sindicato da categoria rechaça a ideia aventada pelo Palácio do Planalto de aumentar em 40% o tempo restante para a aposentadoria
A possibilidade do governo federal propor uma regra de transição no âmbito da reforma da Previdência, que aumentará em 40% o tempo restante para a aposentadoria, é rechaçada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí (SINMGRA). O posicionamento da entidade apoia o pensamento da Força Sindical, que já manifestou sua contrariedade a proposta que aumentaria o tempo de trabalho para quem já está no mercado há muitos anos.
– Não podemos admitir que se mudem as regras do jogo enquanto ele está sendo jogado. Entendemos que os quesitos existentes hoje para aposentadoria são um direito adquirido dos trabalhadores. Essa história de criar um “pedágio” a ser pago pelos contribuintes mais próximos do benefício é uma falta de respeito com quem trabalha para construir um país melhor – afirma o presidente do SINMGRA, Valcir Ascari.
Em contraponto a ideia que está sendo estudada pelo governo federal, a Força Sindical, por meio de seu presidente, o deputado Paulinho da Força (SD-SP), já sugeriu a criação de uma “Nova Previdência”, abrangendo os contribuintes nascidis a partir de 2001. Neste caso, a central sindical aceitaria que o governo fixasse uma idade mínima para aposentadoria.
Na avaliação de Valcir Ascari, é preciso que o Palácio do Planalto considere as sugestões encaminhadas pelos trabalhadores para que a reforma da Previdência Social avance de forma efetiva.
A preocupação com os rumos dos direitos dos trabalhadores em meio a crise econômica que o país vive levou os dirigentes das principais centrais sindicais brasileiras a se reunirem na terça-feira (26/07), em São Paulo, e buscarem a união em torno de questões de interesse comum da classe trabalhadora, especialmente as propostas sobre reformas trabalhistas e previdenciária que venham a prejudicá-la.
Redação: César Moraes
Coordenação: Marcelo Matusiak