Em assembleia na terça-feira (13), os trabalhadores decidiram permanecer com as atividades paralisadas na Mitsubishi. Uma nova rodada de negociação aconteceu na tarde de segunda (12), em São Paulo, porém, a empresa não apresentou uma nova proposta.
Após participarem da mobilização na porta da fábrica, os metalúrgicos voltaram pra casa. Assim está sendo desde que a greve foi decretada na última sexta-feira (9). O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Catalão (SIMECAT), Carlos Albino, afirma que o movimento está organizado e com toda a estrutura necessária para permanecer com a greve até que a empresa atenda as reivindicações dos trabalhadores.
Para intensificar a luta, um panelaço foi convocado pelo Sindicato. Portanto, além da mobilização no distrito industrial, os metalúrgicos devem seguir, nesta quarta, rumo ao centro da cidade batendo panelas em sinal de protesto. “Esperamos por todos os companheiros e suas famílias amanhã cedo. Peguem as panelas velhas no armário e vamos mostrar para a empresa que não estamos brincando. Estamos pedindo o mínimo que é de direito. Já fizemos muito pela empresa, agora é a vez dela valorizar os trabalhadores”, ressalta.
A campanha salarial foi lançada em 29 de setembro e, desde então, os representantes da empresa têm sido intransigentes na mesa de negociação.A proposta ofertada pela montadora garante 8% de reajuste salarial a partir de janeiro/2017; 8% de aumento no cartão alimentação; cartão alimentação dobrado em dezembro e R$ 1.660 de abono. Porém, as reivindicações dos trabalhadores são 8,5% de reajuste salarial (índice que corresponde a inflação do período da data-base – 1° de novembro); 8,5% de aumento no cartão alimentação; cartão alimentação dobrado em dezembro e R$ 3.500 de abono.
A greve dos metalúrgicos da montadora conta com o apoio dedirigentes sindicais de Catalão, Anápolis, Itumbiara, Goiânia, São Paulo-SP, Gravataí-RS, São Caetano-SP, Volta Redonda-RJ e Curitiba-PR.
Por Juliana Barbosa – Assessoria de Imprensa SIMECAT