Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Metalúrgicos de São Paulo/SP

Metalúrgicos da região leste de São Paulo aprovam intensificar luta pelos direitos

Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo/Mogi das Cruzes e da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos), Miguel Torres, também vice-presidente da Força Sindical, liderou assembleia na sexta, 28 de julho, no Auditório do Sindicato, no Bairro da Liberdade, debatendo alguns pontos da chamada nova lei trabalhista que, na verdade, é um ataque criminoso às conquistas históricas do movimento sindical para a classe trabalhadora. “A palavra de ordem é resistir nas fábricas e na justiça, se for preciso, e unir os setores progressistas em defesa da dignidade do trabalho decente, da justiça social e da soberania do Brasil”, diz Miguel Torres.

A quarta assembleia regional de mobilização pelos direitos, realizada na noite de sexta-feira (28), no Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, no bairro da Liberdade, aprovou resistir à aplicação da nova legislação trabalhista pelas empresas, trabalhar para conscientizar mais trabalhadores para os efeitos nocivos da reforma, que tira direitos e conquistas históricas, e fortalecer a unidade com o Sindicato nesta luta.

A assembleia reuniu centenas de trabalhadores de fábricas da zona leste da capital e foi comandada pelo presidente do Sindicato e da CNTM, Miguel Torres, também vice-presidente da Força Sindical. Miguel Torres, junto com a diretoria e assessoria, defende uma ampla campanha de resistência à nova legislação. “Esta é uma luta de enfrentamento para não deixar que essa lei trabalhista seja aplicada. E temos que fazer uma campanha salarial forte para incluir na convenção coletiva todas as garantias de contratação e negociação tiradas pela reforma aprovada no Congresso e sancionada pelo Temer”, diz Miguel Torres.

Na assembleia, ele explicou alguns pontos da legislação que vão tirar direitos, as novas formas de contratação, sem registro em carteira, e projetou cada um deles num telão, no Auditório do Sindicato, para que os trabalhadores pudessem acompanhar e entender melhor as explicações.

“Não podemos admitir o fim da nossa legislação trabalhista e dos nossos direitos que levamos mais de cem anos para conquistar. Temos aqui que fazer uma reflexão. Fomos nós, trabalhadores, que votamos nos deputados federais e nos senadores que votaram contra nós. Ano que vem, 2018, é ano eleitoral: temos que mapear os parlamentares que aprovaram essa reforma e fazer uma campanha para que eles não sejam reeleitos”, diz Miguel Torres.

Os trabalhadores presentes à Assembleia tiveram a oportunidade de manifestar sua opinião a respeito das mudanças, fazer perguntas sobre seus direitos e apresentar propostas de mobilização. Uma das propostas foi de o Sindicato organizar uma greve geral na categoria, nas fábricas, e não nas ruas. “Se a gente não se unir e lutar pelos nossos direitos, não vamos deixar nada para nossos filhos”, disse um companheiro da Stamptec.

Para Miguel Torres, a consciência sobre o que tudo isso representa depende da gente, da unidade na luta. “Sem isso o patrão deita e rola e divide os trabalhadores. A esperança está na luta, na resistência, no futuro do nosso País”.

A assembleia também reforçou o apoio da CNTM à campanha dos trabalhadores da unidade da Nissan em Canton, no Mississipi, nos Estados Unidos, que lutam pelo direito de sindicalização e sofrem com o assédio e as práticas repressivas da empresa.

O trabalho de convocação dos trabalhadores foi feito pelos diretores Adriano Lateri, Bombeirinho, Josias, Mala, Maurício Forte, Mixirica, Nelson, Ninja, Rubens e Zé Luiz e seus assessores.