Eduardo Metroviche
As diretoras do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região expressaram o apoio da entidade à Marcha Mundial das Mulheres, participando da manifestação que percorreu ruas de Osasco ontem, quarta-feira, 17, e hoje, quinta-feira, 18.
As cerca de 2.500 mulheres ficaram alojadas no Metalclube (clube do Sindicato) e dois outros clubes da cidade, onde realizaram atividades de formação e dialogaram com a comunidade em relação às reivindicações do movimento feminista que coordena a Marcha: Bens comuns e Serviços Públicos, Paz e desmilitarização, Autonomia econômica e Fim da Violência contra as mulheres.
O diálogo com a comunidade foi estabelecido principalmente na tarde de quinta-feira, quando caminharam pelas ruas do Jardim Rochdale, sob o som do Maracatu dos jovens da Associação Eremim, entidade apoiada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região.
O Sindicato se somou às outras entidades da cidade que preparam a recepção às marchantes. “É uma demonstração de que nosso Sindicato não está preocupado só com uma categoria ou um segmento, mas com a sociedade e com as mudanças necessárias para a vida de todos e de todas”, explicou a diretora Gleides Sodré, que também é secretária da Criança e do Adolescente da Força Sindical.
A Marcha saiu de Campinas, no Dia Internacional da Mulher, 8 de março. Por todo o caminho, as mulheres procuraram difundir suas reivindicações junto à população dos municípios pelos quais passaram. De acordo com elas, a cidade de Osasco foi uma daquelas que se mostraram mais receptivas à manifestação. “É muito estimulante ver que as pessoas se organizaram e esperaram por nós”, afirmou Sarah Moreira, que saiu de Fortaleza (CE) para compor a Marcha.
A manifestação reuniu mulheres de diferentes etnias, organizações e locais do país, numa experiência que “mostra que é possível ter esse processo de solidariedade e compromisso na sociedade”, salientou a secretária-geral do Sindicato, Mônica Veloso, que também é secretária nacional de Direitos Humanos da Força Sindical.
A Marcha acontece a cada cinco anos, desde o ano 2000. Neste ano, a manifestação acontece em duas etapas. Em São Paulo, a primeira etapa termina no final da tarde desta quinta-feira, com um ato na Praça Charles Muller, no Pacaembu. A segunda etapa será realizada de 7 a 17 de outubro. Ao todo, as duas etapas irão envolver cem países. O ato de encerramento da segunda etapa ocorrerá em Sud Kivu, na República Democrática do Congo.
Por Cristiane Alves – Assessoria de Imprensa
Eduardo Metroviche