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Mercado vê juro em 14,5% e reduz inflação após 18 semanas

Inflação menor e juros maiores. Esta é a nova projeção dos economistas consultados pelo Banco Central, no boletim Focus, para a economia brasileira. De acordo com a pesquisa, o mercado reduziu a projeção do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2008 de 6,58%, para 6,54% após 18 semanas de elevações. Para atingir essa redução, a expectativa para a taxa Selic ao fim deste ano subiu 0,25 ponto percentual, para 14,5%. Para 2009, a previsão para a Selic está em 14%. Hoje, a taxa básica está em 13%.

Para 2009, os analistas mantiveram, pela terceira semana seguida, a estimativa de 5% para o IPCA, segundo informou o levantamento semanal feito pelo Banco Central junto a 100 instituições financeiras com as previsões para os principais indicadores do País. A estimativa referente ao indicador oficial de inflação nos próximos 12 meses também foi reduzida. Os analistas consultados pelo BC calculam IPCA em 12 meses de 5,37%. No boletim passado, elaborado pelo Banco Central, a projeção era de aumento de 5,44%.

Sobre os demais indicadores inflacionários, as expectativas também foram corrigidas para baixo. O mercado espera que o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) encerre 2008 em 12,13%, ante 12,18% na previsão anterior. Já o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) deve ficar em 12% este ano, ante expectativa de 12,04% na semana passada. De acordo com a publicação, o mercado reduziu a projeção para a taxa de câmbio em 2008 em R$ 1,63 por dólar para R$ 1,61. A estimativa para o próximo ano também caiu de R$ 1,75 por dólar para R$ 1,72 por dólar.

Para o crescimento da economia brasileira, o mercado manteve pela sétima semana a estimativa de 4,8% este ano. Para 2009, foi mantida a projeção de 3,9%. A expectativa para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB neste ano foi reduzida de 40,5% para 40,43%. Para 2009, o mercado revisou a projeção de 39,2% para 38,90%.

De acordo com o BC, a projeção para o superávit da balança comercial este ano foi elevada pelos analistas consultados de US$ 22,78 bilhões para US$ 23 bilhões. Já a estimativa para o saldo positivo em 2009 foi novamente mantida, pela quarta semana consecutiva, em US$ 15 bilhões. Em relação às transações correntes, a estimativa de déficit para 2008 aumentou de US$ 24 bilhões para US$ 24,9 bilhões. Para o próximo ano, a expectativa de saldo negativo subiu de US$ 31,5 bilhões para US$ 32,70 bilhões.

A estimativa de ingresso de Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) foi elevada de US$ 33 bilhões para US$ 34 bilhões pelo mercado para este ano. Já para 2009, as instituições mantiveram pela décima primeira semana consecutiva a projeção de US$ 30 bilhões.