Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

O ano mal começou e a maior empregadora de Cruzeiro, Iochpe Maxion, demitiu na terça-feira, dia 10, 400 trabalhadores. O motivo do desligamento foi a queda na produção de chassis para veículos, no qual estava previsto para o ano de 2014 a fabricação de  240 mil unidades, caindo para 190 mil e fechando o ano com apenas 175 mil veículos.

No início do ano, a diretoria da empresa procurou o Sindicato dos Metalúrgicos para informar a situação da Maxion e a mão de obra ociosa dentro da empresa e que a alternativa seria a demissão de mil funcionários. Foram realizadas algumas reuniões entre Sindicato dos Metalúrgicos e Maxion para minimizar a situação e preservar o maior número de empregos possível, já que a previsão para a fabricação de veículos para 2015, no total de 130 mil, seria ainda menor que o fechamento de 2014.

Uma das medidas tomadas para a redução das demissões foi que a semana do Carnaval será improdutiva, na qual os trabalhadores folgarão e receberão o mês normal, mas depois irão pagar com descontos nos holerites, que acontece a partir de abril, sendo descontadas 4 horas por mês, somando no total 32 horas. Outra alternativa, proposta pelo Sindicato dos Metalúrgicos, para evitar as 1.000 demissões, foi a redução de 10% do salário e jornada dos funcionários mensalistas.

“A retração no mercado provocado pela queda na produção está fazendo com que as empresas de autopeças demitam e Cruzeiro não foi diferente, pois as montadoras de veículos estão com as vendas praticamente paralisadas. Estávamos confiantes no mercado e que a crise iria passar e o ano de 2015 seria diferente, porém o mercado não apresentou melhoras e não conseguimos evitar as demissões”, disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Jumar Batista da Silva.

Por Fabíola Simões
Assessoria de Imprensa do Sindicato dos Metalúrgicos de Cruzeiro

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