Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Marco Maia recebe pauta que pede PLR sem imposto

 

Rodolfo Stuckert

Arakém na mesa com Marco Maia e sindicalistas

O presidente da República em exercício, Marco Maia, também presidente da Câmara dos Deputados, recebeu nesta quinta-feira (1/12) um abaixo-assinado com mais de 60 mil assinaturas de trabalhadores metalúrgicos, bancários, petroleiros e químicos, que reivindica o fim da cobrança de Imposto de Renda na PLR. O abaixo-assinado continua percorrendo fábricas e bancos.

O documento foi entregue por uma comitiva integrada por dirigentes dos sindicatos metalúrgicos de São Paulo e Mogi – Arakém (secretário-geral) e José Luiz (diretor) -, dos metalúrgicos do ABC, bancários de São Paulo, químicos de São Paulo e do ABC e petroleiros.

Desde que a lei 10.101, que trata da PLR, foi sancionada, os trabalhadores sofrem o desconto quando recebem o benefício, já o empresário não paga IR sobre a sua parte no lucro da empresa. “Por que essa diferença no tratamento?” questionou Arakém.

Marco Maia também recebeu dos dirigentes uma proposta, elaborada pelo Dieese, com nova tabela de alíquotas. Pela proposta, PLRs de até R$ 8.000,00 ficam livres da taxação. Hoje, o imposto começa a incidir em PLRs com valor a partir de R$ 1.567,00 e o desconto varia de 7,5% a 27,5% (este para valores acima de R$ 3.911,63).

“O presidente em exercício disse que não podia tomar nenhuma decisão no momento, mas comprometeu-se a levar o documento para a presidente Dilma e dar uma resposta aos sindicatos”, contou Arakém.

O mesmo documento também foi entregue ao ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-geral da Presidência da República, que pediu informações sobre o impacto econômico em relação ao que os trabalhadores deixam de receber por causa do desconto do imposto na PLR.

Pela tabela do Dieese, num universo de mais de 700 mil trabalhadores das categorias bancária, química/petroquímica, metalúrgica (somente nas montadoras), do ABC e de SP, o imposto de renda na PLR dos trabalhadores cairá de R$ 1,8 bilhão para R$ 251 milhões em 2011. Isso significa R$ 1,6 bilhão a mais no bolso desses trabalhadores no período.

A pressão pela mudança na lei da PLR e a eliminação da tributação sobre esse ganho dos trabalhadores vai continuar.

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