Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Metalúrgicos de Campos/RJ

Manifestação contra demissões no Porto do Açu

IsaíasFernandes
Manifestantes levaram um boi para representar o discurso da presidente Dilma

Isaías Fernandes
Trabalhadores realizaram ato contra demissões em massa no Porto do Açu

Dezenas de trabalhadores demitidos do consórcio Integra, do Porto do Açu, realizaram uma manifestação na manhã desta terça-feira (10) na BR-101, em Campos. Com o apoio de um mini-trio elétrico e munidos de faixas e bandeiras, eles saíram de frente da igreja do Saco, no Parque Leopoldina, e caminharam até o Trevo do Índio, na entrada de Campos. Duas viaturas da Guarda Municipal e duas viaturas da Polícia Militar (PM) acompanharam o ato, que ocupou apenas uma pista da BR.

O Consórcio Integra, que é união das empresas OSX e Mendes Júnior, demitiu 200 funcionários no mês de dezembro e agora mandou embora mais 400 trabalhadores, no último dia 2.

O ato, de acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Campos, João Paulo Cunha, é em repúdio às demissões em massa e também um protesto contra as Medidas Provisórias 664 e 665 do Governo Federal, que determinam novas regras para acesso a benefícios previdenciários.

A vaca tossiu

Os trabalhadores levaram para a manifestação um boi pintadinho que representava “uma vaca tossindo”. O ato simbólico, segundo João Paulo Cunha, é por conta do discurso da presidente Dilma durante a sua campanha de reeleição.

“Dilma disse que não mexia com os direitos dos trabalhadores ´nem que a vaca tussa´ e ela mexeu. Não conversou com nenhuma representação da classe. Esta atitude fere principalmente os trabalhadores mais novos, pois hoje o mercado de trabalho tem uma grande rotatividade. Então a vaca tossiu, vomitou e foi para o brejo”, afirmou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos.

No dia 30 de dezembro a Presidente da República editou as Medidas Provisórias nº 664 e 665, que, entre outros assuntos, determinam novas regras para acesso a benefícios previdenciários como Abono Salarial, Auxílio Doença e Seguro Desemprego, que, com a nova regra, por exemplo, passa a ter carência de 18 meses na primeira solicitação; 12 meses na segunda e seis meses a partir da terceira. Antes, porém, a carência era de seis meses de trabalho.

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