Os metalúrgicos de Osasco e região cruzaram os braços na manhã desta quinta-feira, 29, em protesto contra os projetos de Temer para a Previdência, leis trabalhistas, Saúde e Educação. Os protestos são parte do Dia de Unidade Metalúrgica.
Houve paralisações nas portas de metalúrgicas dos 12 municípios da base territorial do Sindicato – como Alvenius, Metalcoating, Cinpal, Terex – e também concentrações em cidades como Osasco, Barueri, Cotia e Taboão da Serra.
Em Osasco, a manifestação também reuniu trabalhadores de outras categorias – como bancários e químicos – e lideranças de movimentos populares – como a Ocupação Esperança, que há 16 dias foi vítima de incêndio. A concentração começou na Meritor, no centro, de lá partindo em passeata pelas ruas do centro da cidade, até a estação Osasco da CPTM. Mais de mil pessoas fizeram a passeata. “Estamos construindo a unidade rumo a greve geral. É com essa unidade que vamos enfrentar todos esses ataques”, afirma o presidente do Sindicato, Jorge Nazareno.
O Dia Nacional de Lutas é uma resposta dos metalúrgicos contra as novas regras para aposentadoria, a jornada de 12 horas de trabalho, a contratação por produção, a terceirização das atividades fins, a flexibilização das leis trabalhistas. Medidas que indignam os trabalhadores. “Desse jeito, a nossa aposentadoria vai ser uma cadeira de rodas”, resumiu um metalúrgico.
Contra isso, mais de 2 milhões de metalúrgicos participam do protesto ao longo do dia, em todo o Brasil. Também contra o desemprego que atingiu em cheio os trabalhadores, inclusive os metalúrgicos da região. Só em 2015, foram fechados 25% dos postos de trabalho em metalúrgicas da região.
Para combater o problema, os sindicatos propõem medidas como a renovação da frota de veículos, que tem potencial de gerar 18 empregos para cada posto criado numa montadora.
Por Cristiane Alves Assessoria de Imprensa
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