SÃO PAULO – Dos 27 setores avaliados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 23 deles registraram decréscimo na produção industrial em 2009. Foi o caso, por exemplo, de máquinas e equipamentos (-18,5%), veículos automotores (-12,4%), metalurgia básica (-17,5%) e material eletrônico e equipamentos de comunicações (-25,5%).
Por categoria de uso, bens de capital tiveram o recuo mais marcado em 2009, de 17,4%. Na sequência, apareceram bens intermediários, com baixa de 8,8%, e bens de consumo duráveis, com decréscimo de 6,4%. A produção de bens semiduráveis e não duráveis diminuiu 1,6% no ano passado.
Vale notar que a atividade industrial brasileira encolheu 7,4% em 2009, o recuo mais significativo desde 1990, quando houve declínio de 8,9%. “O primeiro semestre apontou perda mais acentuada (-13,4%) que o segundo (-1,7%), ambas as comparações contra igual período do ano anterior, por conta principalmente da aceleração da atividade industrial no último trimestre (5,8%)”, notou o IBGE em comunicado divulgado nesta manhã.
Em dezembro do ano passado, perante o mês anterior, bens de consumo duráveis apresentaram decréscimo de 4,9%. Em sentido contrário, bens intermediários subiram 1% e bens semiduráveis e não duráveis tiveram alta de 0,4%.
Ainda considerando o confronto mensal, a indústria geral registrou retração de 0,3% na atividade, refletindo uma redução de 12,2% em material eletrônico e equipamentos de comunicações e de 1,2% em veículos automotores, por exemplo.
(Juliana Cardoso | Valor)