Força Sindical RS
 Juruna, aplaudido, defendeu ação unitária do movimento sindical |
Um dos mais aplaudidos no primeiro dia da Oficina Mundo do Trabalho do Fórum Temático 2012, que teve lugar na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, em 25/01, o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves – o Juruna – fez a defesa da continuidade ação unitária do sindicalismo nacional, da manutenção da unicidade na base e de um sistema de financiamento próprio para as entidades sindicais.
Ao falar de unidade na ação, o dirigente sindical remontou o período recente em que as centrais atuam conjuntamente, relembrando as marchas até Brasília, que mobilizaram milhares de sindicalistas e a Conferência Nacional da Classe Trabalhadora, realizada no estádio do Pacaembu, em São Paulo, em 1º de junho de 2010, com a presença superior a 30 mil trabalhadores, que ratificaram uma agenda unitária e nacional para o movimento sindical brasileiro.
“Aqui, em Porto Alegre, como em todas as edições do Fórum, um momento de reflexão sobre o que importa para o povo brasileiro e os trabalhadores das Américas e do mundo, quando o capitalismo atravessa grave crise econômica”, disse o secretário da Força, culpando a ganância do sistema financeiro internacional, que força para cima as taxas de juros e é contra os benefícios sociais, conquistados em séculos de luta.
Foi o momento em que Juruna sustentou a tese da unidade na base, mas considerando a opção de escolha da federação, confederação e central sindical. Para ele, as centrais estão conscientes da importância reivindicatória que têm, “o que é fundamental na hora da crise, em que os furos do sistema capitalista ficam à mostra”, falou. Ele pregou a manutenção de um sistema de financiamento próprio das entidades, “independente do Estado, dos partidos políticos e das igrejas”, manifestou o líder sindical.
Juruna explicou que a agenda unitária das centrais – que tanto interesse desperta no sindicalismo internacional – foi construída para promover o enfrentamento com a forte organização patronal e também para empresários e ajudar a presidente Dilma Rousseff a manter um projeto ligado aos interesses dos trabalhadores.
“Unitariamente, decidimos lutar juntos pela redução da taxa de juros e pelo desenvolvimento econômico, com geração de emprego decente; pela educação básica e nas universidades, abrindo mais oportunidades de acesso para os trabalhadores; por reforma agrária e para que sejam destinados 10% do orçamento da União para a educação e pelo fim do fator previdenciário”, ponderou João Carlos Gonçalves.
Ao se referir a uma época recente em que o revanchismo era marcante no sindicalismo no país, Juruna afirmou que no momento histórico que vivemos, são bem-vindas soluções modernas, cada vez mais distantes do tempo da chamada “Guerra Fria”, ao período histórico de disputas estratégicas e conflitos indiretos entre os Estados Unidos e a União Soviética, entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinção da União Soviética (1991).
“Nas eleições em que pudermos participar, consigamos consolidar alianças que adiante venham a reforçar a democracia no Brasil”, argumentou o dirigente da nacional da Força.
Junto aos pronunciamentos de representantes das centrais sindicais brasileiras, sindicalistas estrangeiros abordaram a questão da “Crise Capitalista, Justiça Social e Ambiental”, tema proposto pelo FST2012, do ponto de vista de suas realidades, tendo como preocupação dominante a questão do emprego, que se apresenta diferentemente em cada local do planeta.
A Oficina Mundo do Trabalho prossegue dia 26/01 e no dia seguinte será a vez do Seminário Internacional da Força Sindical, que ocorrerá no mezanino da Usina do Gasômetro, na região central de Porto Alegre, que contará com a participação de 60 representantes estrangeiros.
FONTE: Assessoria de imprensa da Força Sindical RS