Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Força Sindical

Juruna participa do 26º Congresso Brasileiro do Aço

Jaélcio Santana

O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, participou do 26º Congresso Brasileiro do Aço, realizado de 12 a 14 de julho de 2015, no Transamérica Expo Center, em São Paulo. Em sua participação, Juruna disse que a experiência recente do Brasil prova que é possível promover políticas de crescimento econômico com distribuição de renda e inclusão social dos trabalhadores. “É preciso avançar nas convergências capital/trabalho e insistir no diálogo e negociação”, disse Juruna.


 

26º CONGRESSO BRASILEIRO DO AÇO ANALISA
A INDÚSTRIA BRASILEIRA E DEBATE A ECONOMIA NACIONAL

Instituto Aço Brasil | 14/07/2015

Em seu último dia de realização, o 26º Congresso Brasileiro do Aço abriu os debates tratando das questões que envolvem o cenário atual da indústria brasileira do aço. Coordenado pelo Presidente Executivo do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes, o primeiro painel do Congresso reuniu empresários para falar sobre o mercado e a competitividade do setor.

Conselheiro do Aço Brasil e Vice-Presidente Comercial da Usiminas, Sergio Leite falou sobre o mercado de aços planos e destacou que o Brasil se mantém no mesmo patamar de consumo há 40 anos, mas que existe uma demanda represada na área de infraestrutura.

Segundo Sergio Leite, o Brasil precisaria investir entre 4% e 6% do PIB nos próximos 20 anos para reverter a situação atual e proporcionar às indústrias a retomada do crescimento e lembrou que a China investe 13% de seu PIB, o Vietnam 10% e a Índia 6%. “As oportunidades existem e a indústria do aço se preparou com investimentos em inovações e em gestão. Um grande país precisa de uma indústria do aço pujante”, ressaltou.

O Conselheiro do Aço Brasil e CEO da ArcelorMittal Aços Longos Brasil, Jefferson de Paula, chamou a atenção para o momento difícil por que passa a economia brasileira, com a perspectiva de registro do pior PIB desde a década de 70. Para o CEO da ArcelorMittal, a construção civil deve registrar números negativos, com queda de 10%, lembrando que somente em 2023 o Brasil deverá voltar ao pico de consumo de aço registrado em 2013. “A indústria está andando de lado nos últimos sete anos. A implementação de projetos é fundamental para a retomada do crescimento. Não falta capital no mundo, mas por aqui falta gestão”.

Para o Presidente Executivo da ABIMAQ (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) José Velloso, o Brasil não consegue ser um país mais competitivo devido a fatores como a baixa produtividade da mão de obra, a falta de investimento em tecnologia e inovação, a carga tributária excessiva, a infraestrutura deficiente, entre outros fatores. Ele acredita que é necessária uma depreciação maior da taxa de câmbio, com o real chegando a R$ 3,60 por dólar para que aconteçam ganhos reais de competitividade.

O Secretário Geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, participou do debate. Segundo ele, os trabalhadores brasileiros precisam de uma economia que cresça e que possibilite a distribuição de renda. Ele defendeu uma maior regulamentação das questões trabalhistas e defendeu negociações com sindicatos chineses no âmbito da Organização Internacional do Trabalho, além da criação de representações sindicais nas empresas.

Fotos: http://www.acobrasil.org.br/congresso2015/downloads/fotos

Serviço:
26º Congresso Brasileiro do Aço & Expoaço 2015

Data: de 12 a 14 de julho de 2015

Local:Transamérica Expo Center (Av. Dr. Mário Villas Boas Rodrigues 387 – Santo Amaro – São Paulo)

Organização: Instituto Aço Brasil

Site: www.acobrasil.org.br/congresso2015