O primeiro desdobramento da reunião das centrais sindicais com o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB/SP), é o agendamento da PEC 231/95, que reduz a jornada de trabalho para 40 horas semanais, para votação na comissão especial.
O deputado Paulo Pereira da Silva (PDT/SP) informou à assessoria do DIAP, que a proposta será votada no colegiado no dia 30 de junho, às 14h, no auditório Nereu Ramos da Câmara.
A idéia das centrais sindicais é transformar esse dia num ato político também. Por essa razão, a sessão do colegiado especial será realizada em auditório com mais capacidade de público.
Na reunião com Temer, a principal proposta das centrais foi exatamente para votar a PEC 231 na comissão de mérito.
Na verdade, já passou da hora de votar a matéria no colegiado. Como já foi dito não há mais a quem convencer sobre a conveniência e importância para a classe trabalhadora de reduzir a jornada de trabalho.
Na semana passada, a comissão realizou audiência com a participação de representantes do Dieese e Ipea, e eles defenderam a diminuição da carga de trabalho para alavancar o números de empregos formais no País.
Nesta terça-feira (26), foi a vez dos representantes patronais opinarem, mais uma vez, sobre o tema. E, claro, foram contra a redução da jornada, pois afirmam que “a medida vai elevar os custos de produção para atender à demanda”.
Como se vê, esse ´debate´ já está decidido.
Os patrões e seus representantes são contra mesmo. Não há acordo. Os trabalhadores querem a redução como uma das medidas para amenizar a crise do desemprego no País e não há como conciliar com os setores que são contrários.
A ´pauta trabalhista´ é composta por sete itens, e a proposta de redução da jornada é a primeira da lista.