Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Metalúrgicos de Sete Lagoas/MG

IVECO ANUNCIA A DEMISSÃO DE 296 TRABALHADORES

A Iveco anunciou, na terça-feira (13/12), a demissão de 296 trabalhadores (281 trabalhadores horistas e 15  trabalhadores mensalistas). 

Apesar de já serem esperadas demissões na empresa, o número de dispensas surpreendeu a todos. “A situação é assustadora. Por mais que esperássemos que a empresa fosse demitir, não esperávamos que fosse um número tão grande”, lamenta o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sete Lagoas/MG, Ernane Gerado Dias.

E completa: “o Sindicato está tomando as medidas necessárias. Comunicando o fato às autoridades competentes, no sentido de buscar uma viabilidade para esse grande número de demitidos.” 

Em Setembro deste ano, o Sindicato homologou um acordo junto ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais, garantindo estabilidade de 60 dias aos trabalhadores, e no caso de demissões; além das verbas rescisórias normais, a empresa se comprometeu a pagar a esses trabalhadores o valor de 1 Salário nominal, mais 3 meses de Convênio Médico e Cesta Básica. 

Entre os trabalhadores dispensados há profissionais altamente qualificados. Funcionários com mais de cinco anos de casa. Em outros tempos, uma situação impensável! 

O Sindicato busca orientação das bases em Brasília e Rio de Janeiro, no sentido de buscar alguma solução para os trabalhadores, além é claro, de garantir todos os seus direitos.

LINHA DUCATO SAI DE SETE LAGOAS 

O burbubinho que se ouviu durante meses, sobre a paralisação da linha Ducato em Sete Lagoas, infelizmente, se  confirmou. 

Segundo informações, a linha será transferida para o México.

Ainda não temos a confirmação dos setores dos trabalhadores dispensados hoje. Se são especificamente  da linha Ducato, ou de outros setores da empresa

Como o Ducato emprega em torno de 500 trabalhadores; novas demissões poderão acontecer. 

Problemas com a linha Ducato começarem a aparecer em 2015, quando o Procon estadual suspendeu as vendas do veículo, apontando problemas no motor do veículo. Foi instaurado, então, processo administrativo contra a montadora.

De acordo com o Promotor de Justiça  de Defesa do Consumidor, Amauri Artimos da Matta, um dos problemas que motivaram a ação, foi que “a empresa colocou no mercado um produto com suposto “vício de qualidade”, por problemas no cabeçote. Na época a empresa se recusou a assinar um TAC (Termo de  Ajustamento de Conduta). 

Depois desses problemas, o veículo perdeu mercado no Brasil, o que eve ter motivado a transferência da linha de produção para outro país.

Por Sueli Santos
Assessoria de Comunicação Sindicato dos Metalúrgicos