O IPC-C1 (Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1) – que mede a inflação para as famílias de baixa renda – diminuiu para 0,61% em julho, contra 1,29% no mês anterior, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pela FGV (Fundação Getulio Vargas).
O índice do mês passado foi o menor desde fevereiro, quando atingiu 0,16%. Entretanto, continua a superar o IPC-BR (inflação que engloba todas as camadas da população) nas taxas mensal, anual e acumulada nos últimos 12 meses.
Com o resultado de julho, o indicador acumulou alta de 6,62% nos sete primeiros meses de 2008. Nos últimos 12 meses, a variação passou para 9,46%, a maior registrada pela série histórica do índice. O IPC-C1 é calculado com base nas despesas de consumo das famílias com renda entre 1 e 2,5 salários mínimos mensais.
Classes de despesa – Entre agosto de 2007 e julho deste ano, a taxa do grupo Habitação subiu 3,34%. Segundo a pesquisa, esse resultado superou o acumulado dos últimos 12 meses até junho, quando a variação foi de 2,32%. Com isso, essa classe de despesa foi a que mais contribuiu para a elevação da taxa em 12 meses do IPC-C1.
As maiores contribuições para este movimento partiram dos itens Tarifa de Eletricidade Residencial (-7,86% para -3,54%) e Material de Limpeza (4,96% para 6,71%).
Também contribuíram para o acréscimo da taxa em 12 meses do IPC-C1 os grupos Saúde e Cuidados Pessoais (4,04% para 4,77%) e Transportes (2,52% para 2,53%).
Em contrapartida, os grupos Vestuário (5,43% para 5,25%), Educação, Leitura e Recreação (4,79% para 4,36%) e Despesas Diversas (4,60% para 4,36%) registraram decréscimos em suas taxas de variação em 12 meses.
A categoria Alimentação também registrou desaceleração nos preços (18,88% para 18,85%). Ainda assim, a taxa dessa classe de despesa respondeu por mais de 76% da variação acumulada pelo IPC-C1. Dentre os itens que apresentaram recuo, destacaram-se: Frutas (4,09% para 1,57%), Laticínios (6,50% para -2,29%) e Óleos e Gorduras (35,40% para 33,09%).
