Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

De São Paulo

O nível de emprego nos primeiros seis meses do ano na indústria paulista apresentou o melhor resultado desde 2006, data em que os números começaram a ser contabilizados pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Foram criados no período 154,5 mil empregos. Em junho, foram gerados 15,5 mil postos de trabalho, ante 16,5 mil em maio.

No mês passado, dos 22 setores avaliados, 15 tiveram aumento nos níveis de emprego, quatro permaneceram estáveis e três setores reduziram as vagas. O setor com maior saldo de contratação foi o de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (2,5%), seguido de metalurgia (2,1%) e bebidas (2,0%). Na outra ponta, os setores que mais demitiram foram produtos de minerais não-metálicos (-0,3%) e impressão e reprodução de gravações (-0,3%).

O aumento do nível de emprego industrial em São Paulo, no entanto, deve diminuir de ritmo nos próximos meses, segundo explicou o diretor do Departamento de Economia da Fiesp, Paulo Francini. Para ele, a diminuição é consequência de uma acomodação da velocidade de expansão do setor. “Isso é natural, no sentido de que quando você entra com o vigor que nós entramos no início deste ano no processo de recuperação, é praticamente impossível manter durante todo o ano esse vigor.”

Francini ressaltou que o resultado obtido até o momento alcançou as expectativas mais otimistas do setor. A sua previsão é de que no início de 2011 a indústria restabeleça os níveis de emprego anteriores à crise. Além do ajuste “natural”, possíveis aumentos na taxa básica de juros (Selic) podem impactar o crescimento da indústria. “A demanda é o que move a indústria. E o aumento de juros é uma tentativa de abater a demanda.” (Agências noticiosas)